sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

AS MÁSCARAS CAÍRAM. EM DEFESA, ADVOGADOS DE YOUSSEF E DE GÉRSON DE MELO DA ENGEVIX DIZEM QUE OS SEUS CLIENTES FORAM PEÇAS PARA “SUSTENTAR O PODER DO PT”



             O mega escândalo de corrupção da Petrobras a cada dia acrescenta um novo capítulo ao episódio. São tantas as versões sobre o que aconteceu que estamos ansiosos para ver o desfecho final da história. Infelizmente, tudo ainda se encontra no inicio. Precisamos conter a nossa ansiedade, já que a imprensa irá falar sobre essa catástrofe ainda por pelo menos cinco anos. Sobre as estratégias de defesas de Youssef e Gérson de Melo da Engevix, confiram notícias encontradas no site  http://atarde.uol.com.br:     

“A equipe de advogados de Alberto Yousseff, considerado como um dos líderes do esquema de desvio da Petrobras, vai concentrar a defesa na alegação de que o doleiro serviu apenas como uma peça no sistema político criado para dar sustentação ao projeto de poder do PT. O documento deve ser apresentado à Justiça Federal do Paraná, onde tramitam os processos da Lava Jato, na próxima terça-feira, 27. Em conversa com o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o advogado Antônio Augusto Figueiredo Basto antecipou qual será a linha de defesa que será apresentada. No processo criminal, Youssef é acusado de chefiar um esquema que teria movimentado ilegalmente cerca de R$ 10 bilhões da estatal.

‘É um projeto de poder para sustentação do PT. Não há dúvida disso. Vou citar isso na peça, claro. Não tem dúvida. PT e a base aliada como PMDB, PP’, ressaltou Basto. ‘É a corrupção sustentando um esquema de poder. Não há para mim a menor dúvida que esse esquema é um grande sistema de manutenção de grupos políticos. Vamos sustentar isso na nossa defesa. Meu cliente foi mera engrenagem. Não era a peça fundamental do esquema. Não tinha esse poder para fazer com que o esquema funcionasse ou deixasse de funcionar. O esquema só existiu porque havia vontade política para fazer com que ele existisse’, acrescentou o advogado.

Na delação realizada por Youssef no âmbito da Lava Jato, ele citou políticos como beneficiários do esquema da Petrobras. Confirmou também que a partilha de desvios de contratos com as empreiteiras entre três partidos: PT, PMDB e PP.”

            Corrupção no Brasil não deveria surpreender mais ninguém. No entanto, depois do mensalão, era de se esperar que dessem pelo menos uma trégua. Como estamos vendo, lamentavelmente, não foi o que aconteceu. Pelo contrário. Recarregaram as baterias e contra atacaram com força total. Com isso fica provado que os nossos políticos pouco estão preocupados com a opinião pública e muito menos com os interesses do país. E o mais triste: ninguém sabe se essa mentalidade tacanha, mesquinha, egoísta, individualista e perversa muda um dia. Confiram o que diz o Jornal A Tarde sobre a defesa de Gérson de Melo da Engevix:    

“Numa linha de defesa similar, os advogados do empresário Gérson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix Engenharia, afirmam em documento entregue à Justiça Federal que a Petrobras foi usada para bancar o ‘custo alto das campanhas eleitorais’. Segundo a defesa de Almada, preso pela Operação Lava Jato desde 14 de novembro de 2014, ‘a Petrobras foi escolhida para geração desses montantes necessários à compra da base aliada do governo e aos cofres das agremiações partidárias’.”

            Ninguém tem aqui a intenção de defender Alberto Youssef e Gérson de Melo da Engevix. Claro que eles merecem ser punidos com todo o rigor da lei, já que foram peças chaves dessa maldita engrenagem que alimentou a corrupção na Petrobras por tanto tempo. Uma coisa, no entanto, é certa: o que dizem os seus advogados não são afirmações totalmente desprovidas de fundamentos. Com a máfia do mensalão, e mais essa agora da Lava-Jato, não temos mais nenhuma dúvida de que as coisas tomaram um rumo que necessita ser contido, sob pena de comprometer o futuro do nosso país.       

Por incrível que parece, a defesa de Yossef já fala até em perdão judicial. E não duvidamos mais de nada. Estamos num país chamado Brasil, onde as coisas não têm lógica nem coerência. Segundo o Jornal A Tarde, “A defesa do doleiro também espera conseguir o ‘perdão judicial’ no final do processo em razão das informações prestadas pelo doleiro, após acordo de delação premiada que foi homologado no último dia 19 de dezembro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. ‘Vamos tentar o perdão judicial porque entendemos que a colaboração é extremamente proveitosa. Sem a colaboração do Alberto Youssef a Lava Jato não teria evoluído em nada, não seria possível tomar a dimensão que tomou’, afirma Basto. Nem tem mesmo como dormirmos com esse barulho. Depois disso tudo, só nos resta rezar e pedir a DEUS que nos dê força e ânimo para suportarmos tamanha carga de decepções e vergonha.


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