sábado, 15 de agosto de 2015

AGRONEGÓCIO. IBGE PREVÊ PRODUÇÃO DE 209 MILHÕES DE TON. DE GRÃOS NA SAFRA DE 2015, 8,1% A MAIS DO QUE EM 2014



            O agronegócio brasileiro a cada dia mostra a sua força e consolida a sua posição como celeiro mundial. E como reiteradamente temos afirmado, o agronegócio no Brasil ainda tem grande potencial de crescimento, devendo alcançar nos próximos 10 (dez) anos a liderança mundial como exportador de alimentos. As expectativas de produção para 2015 são altamente promissoras, como podemos comprovar pela notícia encontrada no site  http://agro.gazetadopovo.com.br/noticias/agricultura/milho-e-laranja-puxam-alta-na-previsao-do-ibge-para-a-safra-de-2015/. Confiram:

“Graças ao clima mais favorável, a previsão para safra de grãos em 2015 é de 209 milhões de toneladas, 8,1% a mais do que no ano passado e um recorde histórico, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de julho, divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa supera em 2,5 milhões de toneladas o volume da avaliação de junho.

O incremento na produção é explicado principalmente pela expansão da área plantada de milho de segunda safra. No mês passado, a estimativa chegou a 53,3 milhões de toneladas, alta de 5% em relação a junho e avanço de 9,7% ante 2014. Antes chamada de ‘safrinha’, a produção do milho de segunda hoje supera com folga a safra de verão, abocanhando 64% do volume colhido em todo o país.

‘Os dados positivos refletem a influência do Mato Grosso, onde houve prolongamento das chuvas, o que beneficiou produção. O rendimento está excepcional’, explicou o engenheiro agrônomo do IBGE, Carlos Antônio Barradas”.

            Apesar de tudo, ainda temos muitas deficiências de infraestrutura que prejudicam muito o desempenho da agricultura. São estradas importantes para o transporte da produção em péssimas condições de uso, ferrovias, como a Norte-Sul e a Transnordestina não concluídas e com obras paradas, insuficiência de armazéns para a produção, dentre várias outras obras vitais para um melhor desempenho do agronegócio. E o pior: a Região Nordeste há vários anos atolada numa das piores secas dos últimos sessenta anos, sem que o Governo apresente uma solução definitiva para esse grave problema. E como resultado do descaso do Poder Público, a região do semiárido não consegue produzir. Sobre o assunto, vejamos o que diz o Gazeta do Povo:          

“No Nordeste, porém, a estiagem ainda prejudica a colheita do feijão de primeira safra. A principal quebra ocorreu no Ceará, onde a estimativa de volume produzido caiu a menos de 100 mil toneladas, um recuo de 53,7% em relação a junho”.

            Ainda bem que o país conta com as outras regiões, que apesar das adversidades climáticas e das deficiências de infraestruturas, conseguem produzir em grande quantidade, como bem informa o Gazeta do Povo. Confiram:

“Apesar das chuvas no Sul, a produção de trigo não sofreu grandes prejuízos. A safra do grão será recorde em 2015, com 7,210 milhões de toneladas, avanço de 17% em relação ao ano anterior. “Choveu muito na região Sul, mas isso não trouxe prejuízo para a lavoura de trigo”, garantiu Barradas.

Clima

As culturas no Sudeste foram beneficiadas pelo clima favorável, com destaque para laranja e cana-de-açúcar. No caso da fruta, além do volume de chuvas, a desvalorização do real ante o dólar incentivou a produção, uma vez que o suco de laranja fica com preços mais competitivos no exterior.

No levantamento divulgado hoje, a produção de laranja foi avaliada em 16,2 milhões de toneladas, 9,3% acima do volume produzido em 2014. São Paulo, o maior produtor, é o principal responsável por esse crescimento, segundo o órgão.

No caso da cana-de-açúcar, além do clima, o aumento da rentabilidade dos produtores incentivou o plantio. Com isso, a produção este ano deve chegar a 703,2 milhões de toneladas, aumento de 2,1% em relação a 2014. Até junho, a indicação era de que a produção de cana seria menor do que a do ano passado.

Só em julho, foram acrescentadas à estimativa 24,9 milhões de toneladas. ‘Os dados foram influenciados por São Paulo, cuja safra foi reavaliada para 368,2 milhões de toneladas, aumento de 7,2% frente ao mês anterior’, destacou Barradas. A produção paulista de cana ainda registrou aumentos de área plantada, área a ser colhida e rendimento médio.

‘Esse aumento de safra ocorre também em função do preço do álcool, que aumentou a rentabilidade dos produtores. Agora, é preciso também saber que no ano passado a falta de água reduziu muito a área plantada de cana-de-açúcar. É uma cultura bem rústica, mas sente bastante a estiagem’, explicou o engenheiro agrônomo”.

            O agronegócio brasileiro depende muito do mercado externo, por isso que uma queda no valor da nossa moeda em relação ao Dólar favorece as exportações dos nossos produtos, notadamente da soja, do café, da cana-de-açúcar, do franco e da carne bovina.  

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

AGRONEGÓCIO PERTO DO TOPO. FAO CITA BRASIL COMO CANDIDATO A FUTURO MAIOR EXPORTADOR DE ALIMENTOS DO MUNDO



"Avaliação tem como base o Relatório FAO OCDE 2015-2024. Para prover alimentos para todos, produção mundial deverá crescer 80%." (Site da Revista Globo Rural)


O Brasil ocupa atualmente uma posição de destaque no mundo como produtor rural, podendo-se afirmar ainda com muita segurança e propriedade que na atividade rural reside a solução para muitos dos problemas brasileiros. E o melhor é que o país ainda tem um grande potencial produtivo para explorar, tendo em vista que dispõe de muita terra para cultivar e tem capacidade para aumentar substancialmente o rendimento das áreas atualmente plantadas, por meio de pesquisas, com melhoramento genético das lavouras, dos rebanhos de animais e pela mecanização do plantio, dos tratos culturais e da colheita. A melhor notícia que se tem é que o Brasil, que hoje é o segundo maior exportador de alimentos do mundo,  em breve poderá ser o primeiro. A esse respeito, confiram notícia encontrada no site da Revista Globo Rural:           

“O representante da Organização das Nações Unidas para alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, afirmou nesta terça-feira (4), durante o Fórum Abag Estadão, em São Paulo, que o Brasil terá no futuro um papel preponderante na tarefa de prover alimentos para o mundo.

‘Se hoje o país é o segundo maior exportador global de alimentos, em volume, em dez anos pode se tornar o número um no ranking, tanto em volume como em valores’, disse. A avaliação de Bojanic tem como base o Relatório FAO OCDE 2015-2024, estudo da FAO em conjunto com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre perspectivas para a agricultura brasileira nos próximos dez anos.

Bojanic salientou que dados atualizados apontam para uma população global de 9,7 bilhões de pessoas em 2050, 37% maior que a população atual. Para prover alimentos para todos, a produção mundial de alimentos deverá crescer 80%.

Esta demanda virá essencialmente de uma população urbana e concentrada em países em desenvolvimento. O Brasil terá de superar importantes entraves para fazer frente a este desafio, segundo o relatório. Entre eles pode-se citar problemas como o escoamento da safra (logística, rodovias, portos e armazenamento), falta de tecnologia e assistência técnica entre pequenos e médios produtores e questões regulatórias e de governança.

Segundo Bojanic, a demanda por proteína animal deve aumentar consideravelmente nas próximas décadas. A estimativa é de que, até 2050, a produção de carne precisará aumentar em 200 milhões de toneladas. Novos ganhos de produtividade serão fundamentais, especialmente no Brasil, para dar conta da demanda. Bojanic ressaltou, porém, que estes ganhos devem ser alcançados por meio de práticas sustentáveis. Políticas como o Código Florestal e o Programa ABC, segundo o representante da FAO, são favoráveis a esse objetivo.

Ele chamou a atenção, ainda, para a importância de se incluir os pequenos e médios produtores no processo de atendimento da demanda global. Segmentos como os do café, frutas tropicais, suínos e aves têm grande potencial para contribuir com esta tarefa.”

Como bem afirma Bojanic, ainda temos grandes desafios pela frente. O fato é que muito embora tenhamos avançados muito em termos de crescimento no tocante às questões rurais, muitos desafios ainda estão a exigir soluções, tais como: melhor distribuição de terras, intensificando os assentamentos previstos como meta pelo governo atual; desenvolvimento de uma competência técnica e tecnológica compatível com as exigências do mundo globalizado àqueles que precisam do suporte governamental, a fim de que possam competir em nível de igualdade com os grandes produtores rurais. Para se manter o homem no campo com trabalho e dignidade, é indispensável uma política pública que conjugue o crédito rural com assistência técnica e educação voltada para uma boa conscientização do lavrador, sem perder de vista os instrumentos de apoio à atividade rural, como preços mínimos, seguro rural, transporte e armazenamento, além de uma política consistente de redistribuição de terra.