quarta-feira, 7 de setembro de 2016

AGRONEGÓCIO. SAFRA AGRÍCOLA DE 2016 SERÁ 11,1% MENOR DO QUE A DE 2015, SEGUNDO O IBGE



            Coisas muita estranhas estão de fato acontecendo no Brasil nos últimos tempos. Há muitos anos seguidos a produção agrícola brasileira tem crescimento na produção acentuado. Só que agora em 2016, surpreendentemente, a safra agrícola será bem menor do que em 2015. A esse respeito, vejamos o que notícia encontrada no Globo Rural:

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de agosto estima uma safra de 186,1 milhões de toneladas em 2016, um recuo de 11,1% em relação à produção de 2015, quando totalizou 209,4 milhões de toneladas, informou na manhã desta terça-feira (6/9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O montante ainda foi 1,5% menor que o previsto em julho, que era de 189 milhões de toneladas, com 2,8 milhões de toneladas a menos.
A estimativa da área a ser colhida pelos produtores agrícolas brasileiros em 2016 é de 57,4 milhões de hectares, uma queda de 0,4% em relação a 2015, quando foi de 57,6 milhões de hectares.

            E não ficou só nisso. Além da anunciada redução de produção, quando comparamos a área plantada em 2016 com a plantada em 2016, a conclusão que se tira é que tivemos também perda de produtividade, o que é muito ruim. Como se vê, muito embora a área plantada em 2016 tenha tido uma redução de tão somente 0,4% em relação a de 2015, a produção total está caindo 11,1%. Sobre a safra de 2016, vejamos o que diz ainda o Globo Rural:

Em relação à estimativa de julho, a área decresceu 226,8 mil hectares e a produção se reduziu em 1,5%, informa o IBGE. Arroz, milho e soja - os três principais produtos da safra nacional - responderam por 92,6% da estimativa de produção e por 87,8% da área a ser colhida.
Em relação a 2015, houve acréscimo de 3,0% na área colhida da soja e reduções de 1,3% na área do milho e de 9,8% na área do arroz. Quanto à produção, a estimativa aponta quedas de 0,8% para a soja, 14,9% para o arroz e 23,4% para o milho.

            O que se vê ainda pelas informações prestadas pelo Globo Rural é que a produção agrícola brasileira se concentra em três culturas: arroz, milho e soja, que ocupam 87,8% da área plantada e respondem por 92,6% de toda a produção agrícola brasileira. A respeito do assunto, Informa ainda o Globo Rural:

A produção brasileira de grãos da safra 2015/2016 deve ser de 186,4 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 10,3%, ou 21,4 milhões de toneladas, em relação à safra anterior, que foi de 207,8 milhões. Os números fazem parte do 12º e último levantamento da safra 2015/2016 de grãos, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), também divulgados nesta terça-feira.
Com exceção das culturas de inverno e amendoim, houve queda na produção dos demais grãos por causa das adversidades climáticas, como estiagens prolongadas e altas temperaturas durante o ciclo, informam os técnicos da Conab, em comunicado.
A produção da soja, principal cultura agrícola, encolheu 0,8%, passando de 96,2 para 95,4 milhões de toneladas. A primeira safra de milho deve cair 14,1%, para 25,85 milhões de t. A segundo safra do cereal, de inverno, está estimada em 41,13 milhões de t, queda de 24,7% ante a safra 2014/2015. Com isso, o milho total deve apresentar redução de 20,9%, atingindo cerca de 66,98 milhões de toneladas ante período anterior (68,58 milhões de t). A safra de algodão em pluma deve alcançar 1,29 milhão de t, o que corresponde a uma queda de 17,5% em relação à safra anterior. A produção de arroz deve registrar baixa de 14,8%, para 10,60 milhões de t.
Com relação à safra de feijão, a cada ano são cultivadas três safras, a produção total deve atingir 2,51 milhões de t, queda de 21,6%.Segundo a Conab, o trigo, principal cultura de inverno, deve manter o crescimento de produção, subindo 11,4% e alcançando 6,2 milhões de toneladas, mesmo com uma área 14,4% menor. A safra 2015/2016 deve registrar área de plantio de 58,3 milhões de hectares, com um aumento de 0,7% ou de 397,1 frente à safra passada, projeta a Conab. A soja, que responde por 57,12% da área cultivada do País, é a grande responsável por esse aumento, informa a companhia. O acréscimo é de 3,6%, passando de 32,1 milhões de ha para 33,2 milhões na safra atual.

            Apesar dessa acentuada queda na produção agrícola, não podemos perder de vista, por outro lado, que o agronegócio brasileiro não depende tão somente da agricultura. Hoje o Brasil é o maior criador de gado bovino do mundo, com mais de 210 milhões de cabeça, além de ser o maior criador e exportador de frango do planeta, produtos que contribuem significativamente para a exportação do agronegócio.  



quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O IMPEACHMENT DA EX-PRESIDENTE DILMA. A VERDADE QUE O POVO NÃO SABE





               
            A economia brasileira continua em situação delicada. E o pior: quem mais perde são os mais pobres, principalmente aqueles que perderam os empregos, ou que não conseguem ter acesso ao mercado de trabalho. Enquanto isso, os nossos políticos ficam brigando em Brasília, mais preocupados com os seus próprios interesses do que com os interesses dos mais necessitados.

            Hoje o que se discute é se o fatiamento da votação, que permitiu que a ex-presidente Dilma preservasse os seus direitos políticos, tem ou não tem amparo na Constituição, e ainda se o Impeachment da ex-presidente Dilma é legítimo ou se não passou de um golpe. A essa altura dos acontecimentos, nem sei se isso nos interessa mais.

            O fato é que a permanência da ex-presidente no Governo, em razão da falta de apoio do Congresso, acabou sendo inviabilizada. Não havia como ela reverter a situação difícil da economia, se os parlamentares não lhe davam respaldo. Agora quanto à legitimidade do Impeachment, esse fato sim, talvez não esteja bem explicado para o povo brasileiro. E que fique claro: não tenho preferência política, por partido, ou por político "A" ou por político "B".

            Algumas coisas, no entanto, não explicadas ao longo do processo de impeachment, fez-me tirar algumas conclusões a respeito do que aconteceu. Vou tentar sintetizar. Acompanhem o meu raciocínio. Essa história de "pedalada fiscal" e "conjunto da obra" é mero pretexto. Pedalada fiscal foi prática corriqueira em todos os governos que antecederam a ex-presidente Dilma.

            Como todos sabemos, o PSDB, após as Eleições de 2014, na tentativa de cassar a Chapa DILMA-TEMER, ingressou com uma Representação no TSE, com diversas alegações e provas, dentre as quais a de abuso de poder econômico e a de uso de dinheiro de caixa dois na campanha. Com as provas de uso de caixa dois na campanha de 2014, que surgiram com a Operação Lava-Jato, havia uma grande possibilidade da cassação da chapa DILMA-TEMER.

            Em razão desse fato, o presidente Temer inclusive andou ainda tentando uma solução que viabilizasse a desvinculação do nome dele da chapa, visando evitar a sua cassação. A sua tese de defesa, no entanto, não convenceu ninguém. Com a cassação da Chapa DILMA-TEMER, Aécio Neves poderia vir a assumir a Presidência. Só que na atual conjuntura, com a economia em frangalhos, o PSDB não tinha muito interesse no desfecho, uma vez que temia se queimar, caso não conseguisse pôr a economia em ordem até 2018.

            Em razão disso, surgiu a possibilidade de um acordo entre PMDB e o PSDB, visando tirar a ex-presidente do Governo, evitando, assim a cassação de Temer e dando-lhe a chance de assumir a Presidência, desde que ele assumisse o compromisso de não se candidatar a reeleição em 2018, para não tirar a chance do PSDB.

            E assim se fez. Criou-se o pretexto das "Pedaladas Fiscais", arranjaram as pessoas certas para ingressaram com o pedido de impeachment na Câmara dos Deputados e Eduardo Cunha se encarregou de dar o ponta pé que faltava para o processo começar a andar.

            A situação delicada da economia, a Operação Lava-Jato, o desgaste do PT e dos seus principais membros foram fatores fundamentais para que o povo aceitasse a versão de legitimidade do processo.

            Se não concordar com essa minha versão, fiquem à vontade para criticá-la. As críticas construtivas serão sempre muito bem vindas.