É inimaginável pensar o custo social
de mais de 13,5 milhões de desempregados no País. Além do sofrimento dessas pessoas
que passam a viver de “bicos” ou de favores de parentes e amigos, há um reflexo negativo inevitável na economia, já que muitos deixaram de
receber salários e, por conseqüência, não realizam compras, que poderiam fomentar o comércio com a circulação do dinheiro, gerando mais riquezas e mais empregos.
A
situação do Brasil de hoje beira o abismo. E não é para menos, já que a taxa de desemprego
subiu para 13,2% no trimestre de dezembro a fevereiro, segundo dados divulgados
na sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), por meio da pesquisa PNAD Contínua. A alta em relação ao trimestre
anterior é de 1,3 ponto percentual e de 3 pontos percentuais em relação ao
mesmo trimestre do ano passado. De acordo com o IBGE, essa foi a maior taxa de
desocupação da série histórica, iniciada em 2012.
Segundo notícia divulgada no g1.globo.com
na data de 31 de março de 2017, “No trimestre de dezembro a fevereiro, o Brasil
tinha 13,5 milhões de desempregados - crescimento de 11,7% (1,4 milhão de
pessoas a mais) frente ao trimestre encerrado em novembro de 2016 e 30,6% (mais
3,2 milhões de pessoas em busca de trabalho) em relação a igual trimestre de
2016”, provando que o esforço da equipe econômica do Governo, apesar de
sinalizar com melhorias na economia, os resultados ainda não apareceram.
Esses números por si só já assustam,
apesar de Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE ter
afirmado que “Embora o cenário seja desfavorável, com desocupação recorde, você
observa que no mesmo período do ano passado o aumento da taxa foi maior. Ou
seja, o avanço da taxa foi menor agora. Há uma desaceleração do contingente de
desocupados”, sinalizando que a economia apresenta sinais de melhora.
A questão é que aqueles que
atravessam momentos difíceis não podem esperar por muito tempo. Sinais de
melhoras na economia não alimenta ninguém. O povo honesto precisa de trabalho e
emprego, já que não recebem ajuda de empreiteiras através de “Caixa 2” como os
seus representantes no Congresso Nacional. E isso, convenhamos, é o que mais
dói, porque enquanto milhões de brasileiros perderam os empregos, outros tantos
trabalham honestamente e são obrigados a pagar uma das maiores cargas tributárias
do planeta, para sustentar a gastança desenfreada de uma minoria de privilegiados, que não se conformando com as absurdas mordomias
que já recebem dos cofres públicos, ainda junta-se a empresários inescrupulosas
para saquear o dinheiro que deveria destinar-se à Saúde, à Educação e à
Segurança Pública.
Aqueles
que, mesmo com dificuldades ainda têm uma renda para sobreviver, não entendem e
sofrem com a crise econômica, principalmente porque sabem que por trás dela está a desonestidades daqueles que foram eleitos para cuidar do interesse do
povo. Imaginem como se sentem as pessoas que perderam os empregos e que vivem à
míngua de tudo, assistindo ao noticiário que mostra diariamente as vultosas
quantias que foram desviadas dos cofres públicos, como as que saíram das contas
da Petrobras, das que foram surrupiadas do Estado do Rio de Janeiro, dentre
muitos outros focos de corrupção que são mostrado cotidianamente pela imprensa.
Muito embora a Justiça esteja agindo
contra aqueles que se locupletaram com dinheiro público, muito ainda precisa
avançar, notadamente no tocante aos políticos que usufruem da malfadada
prerrogativa de foro, mais uma armadilha dos corruptos para escaparem da
punição.
O pior é que a crise econômica,
principalmente no que diz respeito à retomada do emprego, tende ainda a demorar
algum tempo, pelo menos é o que noticiou o g1.globo. com de 31 de março. Senão
vejamos:
Já a população
ocupada também bateu recorde - é o menor da série histórica. No trimestre
encerrado em fevereiro, eram 89,3 milhões de pessoas no mercado de trabalho. O
recuo se deu tanto em relação ao trimestre terminado em novembro de 2016 (-1%,
ou 864 mil a menos) como ao mesmo trimestre do ano passado (-2%, ou 1,8 milhão
a menos).
Para o economista Bruno Ottoni,
pesquisador do IBRE/FGV, os índices de desemprego vão se estabilizar no segundo
trimestre e só deverão começar a cair no último trimestre do ano.
Como se vê, infelizmente, para o
economista Bruno Ottoni, pesquisador do IBRE/FGV, os índices de desemprego só
deverão começar a cair no último trimestre do ano. E isso é muito tempo para aqueles
que necessitam de um trabalho para sustentar honestamente uma família.
O fato é que, por todos os ângulos
que se olhe, o cenário do Brasil é de terra arrasada, principalmente no que diz
respeito ao quesito à ética e à moral dos nossos políticos e gestores públicos
e no tocante à dignidade das pessoas pobres, que além do emprego que lhes falta,
faltam também saúde de qualidade nos hospitais da rede pública e uma educação
decente para os seus filhos, o único caminho que poderiam levá-los a ter uma
vida melhor no futuro.
Essa é, infelizmente, a triste
realidade do nosso País.
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