Não há como um cidadão de bem não se indignar com as delações dos executivos da Odebrecht. Particularmente, estou estarrecido, assustado e muito indignado com tanta bandidagem de colarinho branco. E ainda tem uma coisa: podem ter certeza de que nem tudo que eles fizeram foi contado para o Ministério Público Federal.
E tem mais: isso que nós estamos assistindo diz respeito tão somente aos executivos da Odebrecht. Não esqueçamos de que o cartel que saqueou a Petrobras e outras empresas do Governo contava com várias outras empresas, como a Camargo Correia, UTC, Mendes Júnior, Queiroz Galvão, dentre outras, cujos modi (plural de modus) operandi não são muito diferentes dos da Odebrecht. Com isso vocês tirem as suas próprias conclusões.
E o pior: como muitos políticos têm foro privilegiado, os especialistas asseguram que dificilmente eles serão punidos. E é isso mesmo. Portanto, minhas amigas e meus amigos, como este País é nosso (pelo menos por algum tempo pensei que sim), se queremos assegurar uma vida melhor para os nossos filhos e netos, só nos resta uma alternativa: irmos para as ruas para mostrar a nossa indignação e exigir o fim do foro privilegiado e das mordomias, punição exemplar para os corruptos e mudança na legislação penal para evitar novos escândalos.
Para se ter uma ideia do volume de dinheiro movimentado com propinas, vejamos o que disse Marcelo Odebrecht: “Eu sabia, a alta cúpula sabia, que a gente sempre movimentou, ao longo dos anos, [um valor que] variava de 0,5% a 2% do faturamento do Grupo [Odebrecht]. Nós estamos falando de um grupo que já chegou a faturar 100 bilhões de reais.” Como vocês podem ver, isso significa que só o grupo dele chegava a dar propina de R$ 2 bilhões de reais por ano. Isso é um absurdo, porque todo esse dinheiro sai dos cofres públicos. É o dinheiro que falta para a saúde dos pobres e para as escolas das nossas crianças.
Por isso, acordemos, já que não podemos mais ficar calados diante de tanto desrespeito ao povo pobre, honesto e trabalhador.
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