O
crédito bancário tem um grande efeito multiplicador. E é simples a explicação.
Quando um banco concede um financiamento a um cliente, o dinheiro, quase que
totalmente, retorna ao sistema financeiro, dando ensejo a sucessivos
empréstimos. Segundo especialistas, dependendo do índice aplicado aos depósitos
compulsórios, o dinheiro pode se multiplicar entre quatro e cinco vezes. A isso
dá-se o nome de Moeda
escritural, que é uso dos depósitos bancários como meio de pagamento. É representada pelos depósitos à vista
nos bancos ou instituições de crédito, e que
se encontrem à livre disposição dos seus depositantes. Fazem parte dos meios de pagamento da economia e permitem a realização de transações sem a
necessidade da utilização de moeda (papel-moeda ou peças metálicas).
Partindo dessa linha de
raciocínio, não fica difícil entender porque o Governo tanto insiste na
ampliação dos créditos para os aposentados. Com essa medida, certamente busca
ampliar o dinheiro em circulação, visando o aquecimento da economia. Num primeiro
momento, pode ser uma decisão acertada, mas com grande repercussão negativa no
futuro. A respeito da ampliação dos prazos para pagamentos consignados, vejamos
notícia encontrada no site do Jornal O Povo:
“O
Ministério da Previdência Social decidiu ampliar para seis anos o prazo máximo
de pagamento de empréstimo consignado - com desconto em folha - para os
aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão está
publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 29, e passa a valer a
partir do dia 1º de outubro de 2014.
O limite atual das prestações mensais para pagamento de empréstimo pessoal e cartão de crédito é de 60 meses – cinco anos – e com a mudança, vai para 72 meses.
O mercado de crédito consignado ganhou grande impulso em 2004, quando uma maior regulamentação atraiu todos os grandes bancos brasileiros. O saldo total do segmento superou o de financiamento de veículos no País no primeiro trimestre do ano passado.
Entre janeiro 2008 e maio de 2014, o volume do crédito consignado saltou de R$ 69,7 bilhões para R$ 235 bilhões. Os empréstimos a servidores públicos representam 62% do total (R$ 145,1 bilhões), seguidos por beneficiários do INSS (30%) e trabalhadores da iniciativa privada com carteira assinada (8%).
Linha de crédito
O empréstimo com desconto em folha de pagamento reduz o risco de inadimplência. Desse modo, a linha de crédito possui parcelas menores e taxas de juros inferiores.
Para obter um empréstimo consignado na Caixa Econômica Federal, é preciso ser aposentado ou pensionista do INSS, funcionário público ou empregado com carteira assinada de uma das 20 mil empresas privadas com convênio ativo com o banco.
Segundo uma resolução do Banco Central (BC), a parcela não pode ultrapassar o teto de 30% da renda mensal do cliente."
O limite atual das prestações mensais para pagamento de empréstimo pessoal e cartão de crédito é de 60 meses – cinco anos – e com a mudança, vai para 72 meses.
O mercado de crédito consignado ganhou grande impulso em 2004, quando uma maior regulamentação atraiu todos os grandes bancos brasileiros. O saldo total do segmento superou o de financiamento de veículos no País no primeiro trimestre do ano passado.
Entre janeiro 2008 e maio de 2014, o volume do crédito consignado saltou de R$ 69,7 bilhões para R$ 235 bilhões. Os empréstimos a servidores públicos representam 62% do total (R$ 145,1 bilhões), seguidos por beneficiários do INSS (30%) e trabalhadores da iniciativa privada com carteira assinada (8%).
Linha de crédito
O empréstimo com desconto em folha de pagamento reduz o risco de inadimplência. Desse modo, a linha de crédito possui parcelas menores e taxas de juros inferiores.
Para obter um empréstimo consignado na Caixa Econômica Federal, é preciso ser aposentado ou pensionista do INSS, funcionário público ou empregado com carteira assinada de uma das 20 mil empresas privadas com convênio ativo com o banco.
Segundo uma resolução do Banco Central (BC), a parcela não pode ultrapassar o teto de 30% da renda mensal do cliente."
Com
a nossa longa experiência no mercado financeiro, nunca vimos com bons olhos o
endividamento da classe trabalhadora. Situação semelhante ao que aconteceu agora,
tivemos no período do Regime Militar em relação aos produtores rurais. E como
consequência, entre meados da década de oitenta e metade da década de noventa,
o agronegócio brasileiro passou por uma das maiores crises da sua história.
Tomara que os nossos governantes passem a pensar menos neles e mais no destino
do povo brasileiro.
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