"Avaliação
tem como base o Relatório FAO OCDE 2015-2024. Para prover alimentos para todos, produção mundial deverá crescer 80%." (Site da Revista Globo Rural)
O
Brasil ocupa atualmente uma posição de destaque no mundo como produtor rural,
podendo-se afirmar ainda com muita segurança e propriedade que na atividade
rural reside a solução para muitos dos problemas brasileiros. E o melhor é que
o país ainda tem um grande potencial produtivo para explorar, tendo em vista
que dispõe de muita terra para cultivar e tem capacidade para aumentar
substancialmente o rendimento das áreas atualmente plantadas, por meio de
pesquisas, com melhoramento genético das lavouras, dos rebanhos de animais e
pela mecanização do plantio, dos tratos culturais e da colheita. A melhor
notícia que se tem é que o Brasil, que hoje é o segundo maior exportador de
alimentos do mundo, em breve poderá ser
o primeiro. A esse respeito, confiram notícia encontrada no site da Revista
Globo Rural:
“O representante da Organização das Nações
Unidas para alimentação e Agricultura
(FAO) no Brasil, Alan Bojanic, afirmou nesta terça-feira (4), durante o Fórum
Abag Estadão, em São Paulo, que o Brasil terá no futuro um papel preponderante
na tarefa de prover alimentos para o mundo.
‘Se
hoje o país é o segundo maior exportador global de alimentos, em volume, em dez
anos pode se tornar o número um no ranking, tanto em volume como em valores’,
disse. A avaliação de Bojanic tem como base o Relatório FAO OCDE 2015-2024,
estudo da FAO em conjunto com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) sobre perspectivas para a agricultura brasileira nos próximos
dez anos.
Bojanic salientou que dados atualizados
apontam para uma população global de 9,7 bilhões de pessoas em 2050, 37% maior
que a população atual. Para prover alimentos para todos, a produção mundial de
alimentos deverá crescer 80%.
Esta demanda virá essencialmente de uma
população urbana e concentrada em países em desenvolvimento. O Brasil terá de
superar importantes entraves para fazer frente a este desafio, segundo o
relatório. Entre eles pode-se citar problemas como o escoamento da safra
(logística, rodovias, portos e armazenamento), falta de tecnologia e
assistência técnica entre pequenos e médios produtores e questões regulatórias
e de governança.
Segundo Bojanic, a demanda por proteína
animal deve aumentar consideravelmente nas próximas décadas. A estimativa é de
que, até 2050, a produção de carne precisará aumentar em 200 milhões de
toneladas. Novos ganhos de produtividade serão fundamentais, especialmente no Brasil,
para dar conta da demanda. Bojanic ressaltou, porém, que estes ganhos devem ser
alcançados por meio de práticas sustentáveis. Políticas como o Código Florestal
e o Programa ABC, segundo o representante da FAO, são favoráveis a esse
objetivo.
Ele chamou a atenção, ainda, para a
importância de se incluir os pequenos e médios produtores no processo de
atendimento da demanda global. Segmentos como os do café, frutas tropicais,
suínos e aves têm grande potencial para contribuir com esta tarefa.”
Como bem afirma Bojanic, ainda temos grandes desafios pela frente. O fato é que muito embora tenhamos avançados muito em termos de crescimento no tocante às
questões rurais, muitos desafios ainda estão a exigir soluções, tais como:
melhor distribuição de terras, intensificando os assentamentos previstos como
meta pelo governo atual; desenvolvimento de uma competência técnica e
tecnológica compatível com as exigências do mundo globalizado àqueles que
precisam do suporte governamental, a fim de que possam competir em nível de
igualdade com os grandes produtores rurais. Para se manter o homem no campo com
trabalho e dignidade, é indispensável uma política pública que conjugue o
crédito rural com assistência técnica e educação voltada para uma boa
conscientização do lavrador, sem perder de vista os instrumentos de apoio à
atividade rural, como preços mínimos, seguro rural, transporte e armazenamento,
além de uma política consistente de redistribuição de terra.
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