quarta-feira, 5 de agosto de 2015

AGRONEGÓCIO PERTO DO TOPO. FAO CITA BRASIL COMO CANDIDATO A FUTURO MAIOR EXPORTADOR DE ALIMENTOS DO MUNDO



"Avaliação tem como base o Relatório FAO OCDE 2015-2024. Para prover alimentos para todos, produção mundial deverá crescer 80%." (Site da Revista Globo Rural)


O Brasil ocupa atualmente uma posição de destaque no mundo como produtor rural, podendo-se afirmar ainda com muita segurança e propriedade que na atividade rural reside a solução para muitos dos problemas brasileiros. E o melhor é que o país ainda tem um grande potencial produtivo para explorar, tendo em vista que dispõe de muita terra para cultivar e tem capacidade para aumentar substancialmente o rendimento das áreas atualmente plantadas, por meio de pesquisas, com melhoramento genético das lavouras, dos rebanhos de animais e pela mecanização do plantio, dos tratos culturais e da colheita. A melhor notícia que se tem é que o Brasil, que hoje é o segundo maior exportador de alimentos do mundo,  em breve poderá ser o primeiro. A esse respeito, confiram notícia encontrada no site da Revista Globo Rural:           

“O representante da Organização das Nações Unidas para alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, afirmou nesta terça-feira (4), durante o Fórum Abag Estadão, em São Paulo, que o Brasil terá no futuro um papel preponderante na tarefa de prover alimentos para o mundo.

‘Se hoje o país é o segundo maior exportador global de alimentos, em volume, em dez anos pode se tornar o número um no ranking, tanto em volume como em valores’, disse. A avaliação de Bojanic tem como base o Relatório FAO OCDE 2015-2024, estudo da FAO em conjunto com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre perspectivas para a agricultura brasileira nos próximos dez anos.

Bojanic salientou que dados atualizados apontam para uma população global de 9,7 bilhões de pessoas em 2050, 37% maior que a população atual. Para prover alimentos para todos, a produção mundial de alimentos deverá crescer 80%.

Esta demanda virá essencialmente de uma população urbana e concentrada em países em desenvolvimento. O Brasil terá de superar importantes entraves para fazer frente a este desafio, segundo o relatório. Entre eles pode-se citar problemas como o escoamento da safra (logística, rodovias, portos e armazenamento), falta de tecnologia e assistência técnica entre pequenos e médios produtores e questões regulatórias e de governança.

Segundo Bojanic, a demanda por proteína animal deve aumentar consideravelmente nas próximas décadas. A estimativa é de que, até 2050, a produção de carne precisará aumentar em 200 milhões de toneladas. Novos ganhos de produtividade serão fundamentais, especialmente no Brasil, para dar conta da demanda. Bojanic ressaltou, porém, que estes ganhos devem ser alcançados por meio de práticas sustentáveis. Políticas como o Código Florestal e o Programa ABC, segundo o representante da FAO, são favoráveis a esse objetivo.

Ele chamou a atenção, ainda, para a importância de se incluir os pequenos e médios produtores no processo de atendimento da demanda global. Segmentos como os do café, frutas tropicais, suínos e aves têm grande potencial para contribuir com esta tarefa.”

Como bem afirma Bojanic, ainda temos grandes desafios pela frente. O fato é que muito embora tenhamos avançados muito em termos de crescimento no tocante às questões rurais, muitos desafios ainda estão a exigir soluções, tais como: melhor distribuição de terras, intensificando os assentamentos previstos como meta pelo governo atual; desenvolvimento de uma competência técnica e tecnológica compatível com as exigências do mundo globalizado àqueles que precisam do suporte governamental, a fim de que possam competir em nível de igualdade com os grandes produtores rurais. Para se manter o homem no campo com trabalho e dignidade, é indispensável uma política pública que conjugue o crédito rural com assistência técnica e educação voltada para uma boa conscientização do lavrador, sem perder de vista os instrumentos de apoio à atividade rural, como preços mínimos, seguro rural, transporte e armazenamento, além de uma política consistente de redistribuição de terra.

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