O acidente
aéreo que ceifou a vida do candidato do PSB a Presidência da República, Eduardo
Campos, deverá causar algumas surpresas no jogo eleitoral. O candidato tinha
amplas condições de crescer nas pesquisas de intenções de voto, já que tenderia
a se tornar mais conhecido a partir da propaganda no Horário Eleitoral.
A aeronave havia decolado no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à base aérea de Guarujá. Ninguém sobreviveu. Eduardo Campos, de 49 anos, morreu no dia 13 de agosto, mesma data em que, em 2005, seu avô Miguel Arraes, também ex-governador de Pernambuco e também ex-presidente nacional do PSB, falecia aos 88 anos.”
É certo que Marina Silva ainda não está confirmada como a substituta de Eduardo
Campos. No entanto, se vier a assumir a cabeça de chapa, o jogo tende a mudar.
Marina já é conhecida e tem um bom eleitorado. Por outro lado, é possível que
seja favorecida pela comoção que causou a morte do seu companheiro falecido.
Falando sobre a morte de Eduardo Campo, vejamos o que encontramos no Site
da Uol:
“Líderes do PSB afirmaram, em entrevista nesta quinta-feira (14)
ao UOL, serem favoráveis que a ex-senadora
Marina Silva seja a escolhida pelo partido para disputar a Presidência da
República no lugar de Eduardo Campos, morto ontem (13) em acidente aéreo
ocorrido em Santos (72 km de São Paulo). Outros seis ocupantes da aeronave
--dois tripulantes e quatro integrantes da equipe de campanha de Campos--
também morreram.
A definição sobre a
candidatura presidencial será tomada pelo PSB somente após o sepultamento de
Campos, de acordo com as principais lideranças da sigla. O partido, entretanto,
tem dez dias para escolher um substituto. Além disso, na próxima terça-feira
(19) começam a ser exibidos os programas eleitorais na televisão e no rádio.
A reportagem entrevistou três senadores que integram a Executiva
nacional do PSB. Todos disseram que a definição sobre a candidatura só começará
a ser tomada após o enterro de Campos, mas afirmaram que o ‘caminho natural’ é
a escolha de Marina.”
Se o bom senso prevalecer, Marina Silva deverá ser a candidata
da coligação que dava respaldo a candidatura de Eduardo Campos. Como na
política brasileira nem sempre o bom senso é a regra, ainda teremos que
conviver com a incerteza por alguns dias.
Eduardo Campos parecia ser uma boa alternativa de poder para o
nosso país, muito embora dificilmente conseguisse vencer as eleições. O que se
lamenta é que muita coisa sobre a vida de Eduardo Campos só tenha se tornado
conhecida a partir da morte dele. Como temos visto, tratava-se de um homem
decente, com boa formação e muita vontade de lutar pela melhoria das condições
de vida do povo brasileiro. Infelizmente o destino quis que ele morresse sem
antes realizar o seu projeto de governo. Sobre o acidente aéreo Informou o
Jornal O Povo:
“O roteiro original da
quarta-feira previa a participação em um evento da revista Exame, na capital
paulista. Mas o desejo de cumprir uma ‘agenda de rua’ fez com que, dias antes,
o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República Eduardo
Campos (PSB) mudasse de planos. A decisão foi seguir para Santos, no litoral de
São Paulo. Já perto de chegar ao destino, a tragédia: o jato que
levava Campos, quatro pessoas de sua equipe e dois pilotos caiu em uma área
residencial da cidade, interrompendo de forma súbita seu
projeto de chegar ao topo do poder Executivo no País.
A aeronave havia decolado no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à base aérea de Guarujá. Ninguém sobreviveu. Eduardo Campos, de 49 anos, morreu no dia 13 de agosto, mesma data em que, em 2005, seu avô Miguel Arraes, também ex-governador de Pernambuco e também ex-presidente nacional do PSB, falecia aos 88 anos.”
Muito embora muitos não acreditem nessa coisa de destino, às vezes algumas
coincidências surpreendem. Nesse caso, além de haver uma mudança de plano, que
resultou no acidente, registrou-se a coincidência da sua morte com a data de
aniversário da morte do seu avô, o ex-Governador Miguel Arrais.
Eduardo Campos aparecia em terceiro lugar nas pesquisas, com 8%
das intenções de voto. Esse fato, no entanto, não retirava dele a condição de
um candidato competitivo e com chances de crescer na campanha. A candidatura de
Marina, por sua vez, se for confirmada, poderá surpreender.
De qualquer modo, muito do que se escuta na imprensa não passa
de mera especulação. Particularmente compartilhamos com o pensamento daqueles
que acreditam que a candidatura de Marina tende a ter uma boa aceitação do
eleitorado. Assim pensamos em razão da grande votação que ela teve na eleição
de 2010. E ainda porque acreditamos que será beneficiada pelo fator emocional
do eleitorado.
Na nossa percepção, Eduardo Campos tinha boas qualidades. Era um
jovem talentoso e muito bem intencionado. É uma pena que tenha morrido tão
novo. Era um político experiente e bom administrador.
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