Segundo notícia publicada no site do
Supremo Tribunal Federal – STF, “Os presidentes das Supremas Cortes dos países
integrantes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) assinaram
neste sábado (28) em Sanya, na China, documento no qual afirmam posições consensuais
sobre temas relacionados ao funcionamento da Justiça, com ênfase na cooperação
judiciária entre os países e a troca de experiências em matéria de reformas
judiciais e melhorias do sistema judicial, levando em conta a necessidade de
fazer frente aos desafios do mundo atual. O documento foi assinado pelos
presidentes do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski; da
Suprema Corte Popular da China, Zhou Qiang; da Suprema Corte da Federação
Russa, Vyacheslav Lebedev; e pelos ministros da Suprema Corte da Índia, Jagdish
Singh Khedar, e da República da África do Sul, Frederik Daniel Jacobus Brand”.
“A carta foi elaborada a partir das
discussões do Fórum de Justiça do BRICs para o intercâmbio de informações sobre
tópicos como os recentes avanços dos sistemas judiciais dos países membros do
bloco e proteção ambiental por meio do processo judicial. ‘Com o aumento
da multipolarização, da globalização econômica e da interdependência, a
humanidade passa por mudanças profundas e complexas’, afirma o documento. ‘Em
face dos desafios globais do crescimento econômico, da segurança energética, da
proteção ambiental e das ameaças de terrorismo, as Supremas Cortes dos países
do BRICS têm construído um consenso visando a uma governança global mais
representativa e justa e um crescimento mais inclusivo’.”
“Um dos pontos destacados no documento,
a partir da participação do Brasil, representado pelo ministro Lewandowski,
trata das mudanças introduzidas pelo desenvolvimento e pelo uso da tecnologia
da informação nos modelos e práticas judiciais. ‘As Cortes devem valorizar e
seguir essa tendência e se adaptar visando à melhoria da prestação da justiça,
e garantir a imparcialidade judicial e a solução rápida dos litígios’, afirma o
texto. Outro objeto de consenso é o aprofundamento da cooperação entre as
Cortes por meio de programas de intercâmbio e treinamento para juízes.”
“Como resultado do encontro, as Supremas
Cortes se comprometem ainda a promover reformas judiciais e intercâmbio
internacional como meio de aperfeiçoar seus sistemas judiciais, buscando
conciliar o desenvolvimento econômico e social com as necessidades específicas
de cada país. Enfatizam ainda o uso dos canais judiciais para proteger o meio
ambiente e os recursos naturais, e propõem uma cooperação pragmática no campo
judicial para aperfeiçoar o Estado de Direito e promover a harmonia entre
crescimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental.”
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