O café sempre esteve
entre um dos principais produtos agrícolas das exportações brasileiras. E
quando analisamos a trajetória das exportadores do produto, concluímos que
continua crescendo acentuadamente ano após ano. Em 2014, por exemplo, o Brasil
exportou 36.320.574 milhões de sacas de 60 kg de café, mais dobro do que vendeu
para o exterior no ano 2000, quando o montante de sacas de 60 kg transacionadas
com o exterior atingiu 18.089.206.
Em assim sendo, a
notícia de que o consumo mundial de café continua em ascensão é deveras
animadora para os produtores brasileiros, que terão mais um motivo para investir na cafeicultura, uma atividade de longa tradição do agronegócio brasileiro. A
respeito do assunto, confiram a notícia encontrada no site do Globo Rural:
“O consumo mundial de café deve aumentar em 70 milhões de sacas até
2030. A projeção é do CEO da Illy Café, Andrea Illy. O executivo-chefe da
empresa fez uma apresentação na manhã desta sexta-feira (13/3) em São Paulo
durante um evento da Universidade do Café Brasil realizado em em conjunto com o
Pensa (Centro de Conhecimento em Agronegócios), da FEA-USP.
De acordo com Andrea Illy, hoje o consumo mundial da bebida cresce em
média 1,5% ao ano, ritmo que acompanha o do crescimento populacional. Daqui a
quinze anos, no entanto, a população deve crescer cerca de 0,5% ao ano enquanto
a demanda por café deve estar entre 2 e 2,5%. Segundo Illy, Brasil e Vietnã
devem aumentar em 76,6 milhões de sacas até 2030.
Consumo emergente
‘Hoje países produtores como Brasil e emergentes como a China estão
contribuindo para o aumento do consumo’, explica o executivo. Segundo o
executivo, apenas 20% da população mundial consome café (cerca de 1,5 bilhões
de pessoas).
Além do aumento da oferta, os produtores terão de enfrentar o desafio de
entregar um produto mais adequado a um novo perfil de consumo. Se antes o café
era visto mais como uma bebida energética, hoje passou a ser visto como um
produto associado ao prazer, além de benéfico para a saúde. “Mais de 60% dos
consumidores consideram o café bom para a saúde”, disse Andrea Illy durante a
apresentação.
‘O consumidor começou a conhecer as origens do café e distingui-lo’,
disse Andrea. Essa tendência deve continuar e o Brasil, com uma produção
diversificada do fruto, deve ter um papel fundamental nesse contexto.
Aquecimento
O desafio será lidar com esse novo padrão de consumo diante de problemas
atuais da cafeicultura, como as adversidades climáticas e os baixos preços
pagos pelo café, que devem continuar.
Apesar de não concordar com certas projeções mais alarmantes, Andrea
disse que ‘há previsões de que 50% das áreas compatíveis vão se tornar
incompatíveis [com a cafeicultura] até o fim do século se o aquecimento global
continuar dessa maneira’.
Ainda assim, o executivo é otimista. Andrea disse que hoje 100 milhões
de pessoas estão engajadas na cadeia do café, da fazenda à xícara. ‘A
cafeicultura, mesmo com toda a volatilidade que vive hoje, tem mais valor do
que no passado’, disse Illy.”
As exportações do agronegócio
brasileiro atingiram US$ 4,90 bilhões em fevereiro de 2015, queda de 23,2% em
relação ao mesmo período do ano passado, quando foram negociados US$ 6,39
bilhões.
Apesar da queda, o setor apresentou saldo positivo em fevereiro deste ano, com US$ 3,70 bilhões. No acumulado do ano, o saldo da balança comercial foi de US$ 8,1 bilhões.
Apesar da queda, o setor apresentou saldo positivo em fevereiro deste ano, com US$ 3,70 bilhões. No acumulado do ano, o saldo da balança comercial foi de US$ 8,1 bilhões.
Como
se vê, muito embora as exportações do agronegócio não estejam no mesmo ritmo de
crescimento de anos anteriores, ainda assim continuam sendo fundamentais para a
balança comercial do país.
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