O custo da alimentação ainda tem grande
peso no bolso das famílias de baixa de baixa, por isso que o comportamento da
safra agrícola, que reflete diretamente nos preços de determinados produtos do
campo, influencia o poder de compra de determinados segmentos de consumidores.
Em razão disso, o aumento ou diminuição
da produção de determinados produtos agrícola reflete diretamente na inflação.
Felizmente, como as expectativas de produção no campo são favoráveis, a
inflação arrefeceu, favorecendo milhões de famílias que ganham até 2,5 salários mínimos. Vejamos a seguir notícia
encontrada no site do Jornal Diário do Nordeste:
“Rio. Diante da menor pressão nos preços de
alimentos, a inflação percebida pelas famílias de baixa renda (até 2,5 salários
mínimos) desacelerou em junho. O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1
(IPC-C1) subiu 0,35%, ante 0,58% em maio, informou ontem a Fundação Getulio
Vargas (FGV). Já as diárias em hotéis ficaram mais caras, na esteira da Copa do
Mundo, impedindo alívio mais intenso.
Os alimentos subiram 0,08% no mês
passado, a menor taxa já registrada em 2014. A queda nos preços de hortaliças e
legumes foi o que mais influenciou o resultado. Ficaram mais baratos tomate
(-9,49%), batata-inglesa (-12,16%), cebola (-8,11%) e alface (-5,11%). Essas
reduções são ainda mais importantes no caso das famílias de baixa renda, uma
vez que esses itens têm um peso maior no orçamento.
Conta de luz
Num alívio momentâneo, a tarifa de
eletricidade residencial subiu 0,28%, menos do que os 3,94% de maio. No
orçamento das famílias de baixa renda, o peso do item é ainda maior do que na
média dos consumidores brasileiros.
As tarifas de ônibus urbano, por sua
vez, tiveram queda de 0,22% em junho. O fim do impacto do reajuste nos
medicamentos também contribuiu para a desaceleração da inflação no mês passado.
Por outro lado, as roupas e as tarifas de telefone móvel ficaram mais caras, e
as diárias de hotéis deram um salto de 9,35%, impulsionadas pela realização da
Copa do Mundo no País.
Contribuição
benéfica
A boa notícia é que os alimentos
continuarão a dar contribuição benéfica à inflação, disse o economista André
Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. ‘No curtíssimo prazo,
os alimentos devem continuar desacelerando, ainda que em menor escala’.
A realização de boas safras e a
percepção de que a estiagem do início do ano não provocou tantas perdas quanto
era esperado ajudam a reduzir a pressão sobre os preços desses itens
Tendência
Apesar disso, a taxa em 12 meses do
IPC-C1, que ficou em 6,02% até junho, deve continuar ganhando força. Isso
porque a taxa de julho de 2013 foi muito baixa e deve ser substituída por uma
alta entre 0,10% e 0,15%. "A situação de 2014 é de inflação mais alta do
que o percebido em 2013", disse André Braz. Mesmo assim, ainda fica abaixo
da inflação percebida pelas famílias em geral, com renda entre 1 e 33 salários
mínimos. O chamado IPC-Br ficou em 6,55% nos 12 meses até junho.”
A queda da inflação para o
consumidor de baixa renda, no entanto, não alivia tão somente o bolso dessas
pessoas. Alivia, principalmente, a pressão sobre a campanha eleitoral da
presidente Dilma. Para ela não poderia haver notícia melhor.
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