Para
aqueles que não sabem, ou não lembram, a base da economia agrícola do semiárido
nordestino, até meados da década de 1980, era o algodão arbóreo, que é
resistente à estiagem e possui uma lá especial.
Com
a chegada da praga do bicudo na Região na década de 1980, a economia do semiárido, que já
sofria com o constante problema das secas, entrou em dificuldade. Ainda hoje não
se recuperou da crise, dependendo basicamente da plantação de frutas em alguns polos
de irrigação, como ocorre em Petrolina em Pernambuco, Mossoró no Rio Grande do
Norte, dentre outros.
Agora,
no entanto, quando a Região Centro-Oeste se desponta como grande produtora de
algodão, eis que surge em Goiás, o maior produtor de algodão do país, a praga do bicudo, ameaçando os agricultores, que
multiplicam esforços e gastos na busca de uma solução. Matéria a respeito
encontramos no site do Globo Rural. Confiram:
“Ataque do bicudo está mais intenso nesta safra.
Inseto perfura a maçã do algodão e prejudica a produção da pluma.
Inseto perfura a maçã do algodão e prejudica a produção da pluma.
Agricultores de Goiás enfrentam
problemas com a lavoura de algodão, o ataque do bicudo está mais intenso nesta
safra.
No município de Chapadão do Céu,
sudoeste de Goiás, as lavouras de algodão já estão branquinhas. A colheita deve
começar em duas semanas e os agricultores estão receosos com o futuro próximo.
No ano passado, eles tiveram prejuízos
com o ataque da lagarta helicoverpa armígera nas lavouras de algodão. Nesta
safra, o problema foi controlado com o uso de variedades resistentes e
aplicação de defensivos, mas uma outra praga tem sido motivo de preocupação
para os produtores rurais: o bicudo, um inseto que perfura a maçã do algodão e
prejudica a produção da pluma.
Para combatê-lo, o agricultor Renato
Schneider teve um gasto 30% maior que no ano passado. “Essa praga está se
multiplicando muito rápido, e mesmo aumentando o número de aplicações, o
controle não tem sido satisfatório”, diz.
Mesmo com o ataque do bicudo, a
expectativa é de uma boa produtividade em Goiás. De acordo com a Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), o aumento na safra deve ser de 13% em
relação ao ano passado no estado. Já a produção brasileira do algodão em pluma
deve crescer, este ano, 27%.
A colheita deve chegar a 80 mil
toneladas e o problema, por enquanto, é o preço. Renato fechou contratos
antecipados por R$ 58 a arroba da pluma, enquanto no passado, conseguiu R$ 75.”
Essa questão é deveras preocupante.
Os produtores brasileiros já enfrentam enormes dificuldades para conseguir produzir em razão do encarecimento pelas dificuldades
de infraestrutura. E agora, com mais esse problema, cada vez mais se vêm numa
situação delicada, correndo um sério risco de terem inviabilizada uma atividade
altamente necessária aos interesses do país
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