O ministro Joaquim Barbosa deixa na sua passagem
pelo Supremo Tribunal Federal um grande legado. Graças ao trabalho dele, vimos
chegar ao fim um processo de grande magnitude, que resultou na condenação de
figuras de expressão da República, como ex-ministro, Parlamentares, banqueiros,
dentre outros. Muito embora muita gente entenda que as punições de alguns dos
condenados no mensalão deveriam ter sido maior, o que não deixa de ser
verdadeiro, não podemos esquecer que aqui no Brasil, em regra, processos como o
do mensalão mofam nos arquivos do STF e acabam nas prescrições das penas como vimos
no caso de Collor de Melo.
Por tudo isso, precisamos reconhecer que o ministro
Joaquim Barbosa, como relator do processo do mensalão, fez um grande trabalho,
digno de louvor e de aplauso do povo brasileiro, mesmo que muitos afirmem que
ele exagera nas posições que tem tomado até então. Sobre a aposentadoria do
ministro vejamos a notícia encontrada no site do Jornal O Povo:
“O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, afirmou
ontem que deixa a Corte com o sentimento de dever cumprido e ‘a alma leve’, mas
sem pensar em uma carreira política no futuro. ‘A partir do dia em que for
publicado o decreto da minha aposentadoria, de minha exoneração, serei cidadão
como outro qualquer, absolutamente livre para tomar posições que entender
necessárias e apropriadas’, afirmou Barbosa.
Apesar de
aparecer com números expressivos nas pesquisas eleitorais de intenção de voto,
Barbosa não pode se candidatar nas eleições 2014 por não ter se filiado a um
partido político no prazo definido por lei. ‘Eu não tenho esse apreço todo pela
política no dia a dia. Isso não tem grande interesse para mim’, disse Barbosa.
Perguntado
sobre a possibilidade de candidatar-se no futuro -como no pleito de 2018- ou em
relação apoios políticos nas eleições de 2014, Barbosa afirmou não acreditar
nessa hipótese. ‘A política não tem na minha vida essa importância toda, a não
ser como objeto de estudo e reflexão’, disse ele, antes de explicar a política
deve ter um senso bem elevado, ‘examinada pela ótica das relações entre os
estados e as nações’.
Perguntado
sobre como deixava o STF, Barbosa afirmou que saia da Corte ‘absolutamente
tranquilo, com a alma leve, (e com aquilo que é fundamental para mim: o
cumprimento do dever’.
Segundo
ele, foi ‘um período de privilégio imenso, de tomar decisões importantes para o
nosso país’. ‘Não em razão da minha atuação individual, mas coletivamente, o
Supremo Tribunal Federal, teve um papel extraordinário no aperfeiçoamento da
nossa democracia’, afirmou Barbosa. Primeiro negro a assumir a presidência do
STF, Barbosa, 59, comandou a sua última sessão na mais alta corte do país nesta
terça. Ele anunciou há um mês sua aposentadoria do Supremo, onde poderia
permanecer até 2024, quando completará 70 anos -idade em que os ministros são
obrigados a deixar o cargo.
Antes do
início da sessão do STF nesta terça-feira, 1°, o ministro Luís Roberto Barroso
definiu o presidente da corte, Joaquim Barbosa, como um ‘símbolo contra a
impunidade”. “O ministro Joaquim se tornou um bom símbolo contra a improbidade.
O Brasil precisa de símbolos. Ele conquistou muitas coisas, como ter sido o
primeiro negro a chegar à presidência da Corte. Você pode concordar mais ou
menos, mas certamente é uma pessoa decente’, disse.
Já o
ministro Marco Aurélio Mello disse que a imagem da corte foi arranhada durante
a gestão de Barbosa. Para Mello, ‘há um resgate da liturgia que precisa ser
observado". "As instituições crescem quando nós proclamamos valores,
observamos a necessidade de manter o alto nível’, afirmou o ministro.
Segundo
ele, ‘precisamos voltar ao padrão anterior, que não é só da Fifa. Deve ser
também das instituições brasileiras. Esse padrão ficou arranhado na última
gestão’.”
Parabéns ministro Joaquim Barbosa pelo seu belo trabalho
como relator do mensalão. É de pessoas como Vossa Excelência que o Brasil precisa.
Muito embora alguns o critiquem, fique sabendo que o seu trabalho só nos
engrandece e nos dá orgulho. Gostaríamos que Vossa Excelência permanecesse mais tempo no STF, mas como decidiu se
aposentar, aproveitamos para desejar-lhe que aproveite bem a sua merecida
aposentadoria, gozando de muita saúde, muita paz e grandes
realizações.
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