"O
capuz é preto...e o dinheiro, obscuro. As contas da família de Paulo Roberto
Costa na Suíça." (Site da Revista Época)
A política brasileira
atingiu o ápice no que diz respeito ao descrédito perante os cidadãos decentes
do país. O surgimento de Lula e do PT foram acontecimentos que marcaram
profundamente a historia do Brasil, notadamente porque coincidiram com a fase
de decadência do Regime Militar de 1964. Ao longo do tempo, o PT defendeu as
bandeiras da Reforma Agrária, Justiça Social, democracia plena, decisões
participativas, e, principalmente, o combate à CORRUPÇÃO.
Quanto ao
combate à corrupção, como estamos vendo, infelizmente não aconteceu. Tivemos
inicialmente o escândalo do mensalão. E agora surgiu esse outro da Petrobras,
que parece ser muitas vezes maior do que aquele, que tanto deu o que
falar. Com propriedade, a Revista Época publicou no seu site matéria que dá conta
de negócios escusos envolvendo a filha do ex-diretor da Petrobras, Paulo
Roberto Costa. Confiram:
“As provas estão num HD apreendido
pela Polícia Federal (PF) num dos endereços de Paulo Roberto. O HD contém um
vasto backup de um dos computadores de Marici Costa, mulher de Paulo Roberto.
Os documentos guardados compreendem dois anos (2007 a 2009) em que Paulo
Roberto ainda era diretor da Petrobras. Revelam, entre outros negócios ainda
sob investigação da PF, os lucrativos contratos fechados por Arianna Bachmann,
uma das filhas de Paulo Roberto, com as empreiteiras que ganhavam licitações na
Petrobras, precisamente na área comandada por ele. Arianna representava
empresas de mobiliário, que vendiam milhões a consórcios formados pelas
empreiteiras favoritas de Paulo Roberto. Segundo os documentos apreendidos, ela
ganhava gordas comissões nesses negócios.
Os papéis sugerem que Paulo Roberto apresentava aos empreiteiros a filha e os ‘projetos’ dela. Os contratos negociados por Arianna, em nome de empresas como Flexiv e Italma, variavam entre centenas de milhares de reais e vendas individuais de R$ 6 milhões. A correspondência de Arianna com diretores das empreiteiras mostra como ela era orientada a preparar as propostas e continha até informações confidenciais da Petrobras. Dois consórcios, formados por sete empreiteiras que negociaram com Arianna, haviam fechado, em 2008, R$ 1,3 bilhão em contratos para reformar centros de pesquisa da Petrobras. A PF suspeita que Arianna fosse a verdadeira dona das empresas que dizia apenas representar.
Os negócios de Arianna serviram como estágio para que ela subisse na hierarquia do negócio familiar montado por Paulo Roberto. O esquema, como ÉPOCA revelou, envolvia todos os integrantes de sua família. Havia hierarquia e funções bem definidas. Arianna tocava o dia a dia dos negócios. Márcio Lewkowicz, marido de Arianna, organizava as finanças. Humberto Mesquita, o Beto, era rival de Márcio na tarefa de administrar, no Brasil e no exterior, o dinheiro da corrupção na Petrobras. Shanni, a outra filha de Paulo Roberto, casada com Beto, tentava influenciar o patriarca para que o marido assumisse o controle financeiro das operações. Marici, a mulher de Paulo Roberto, era laranja em empresas e contas secretas em paraísos fiscais.”
Os papéis sugerem que Paulo Roberto apresentava aos empreiteiros a filha e os ‘projetos’ dela. Os contratos negociados por Arianna, em nome de empresas como Flexiv e Italma, variavam entre centenas de milhares de reais e vendas individuais de R$ 6 milhões. A correspondência de Arianna com diretores das empreiteiras mostra como ela era orientada a preparar as propostas e continha até informações confidenciais da Petrobras. Dois consórcios, formados por sete empreiteiras que negociaram com Arianna, haviam fechado, em 2008, R$ 1,3 bilhão em contratos para reformar centros de pesquisa da Petrobras. A PF suspeita que Arianna fosse a verdadeira dona das empresas que dizia apenas representar.
Os negócios de Arianna serviram como estágio para que ela subisse na hierarquia do negócio familiar montado por Paulo Roberto. O esquema, como ÉPOCA revelou, envolvia todos os integrantes de sua família. Havia hierarquia e funções bem definidas. Arianna tocava o dia a dia dos negócios. Márcio Lewkowicz, marido de Arianna, organizava as finanças. Humberto Mesquita, o Beto, era rival de Márcio na tarefa de administrar, no Brasil e no exterior, o dinheiro da corrupção na Petrobras. Shanni, a outra filha de Paulo Roberto, casada com Beto, tentava influenciar o patriarca para que o marido assumisse o controle financeiro das operações. Marici, a mulher de Paulo Roberto, era laranja em empresas e contas secretas em paraísos fiscais.”
Desse jeito não há mesmo como se
fazer qualquer obra ou aquisição com preços condizentes com os de mercado. E é
por essas e tantas outras razões que a Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco
custou muitas vezes mais de que outra de igual capacidade construída nos Estados
Unidos. Pelas estimativas de alguns especialistas, as obras da Abreu e Lima não
deveriam custar muito além de US$ 2 bilhões de dólares. Enquanto isso, o país
investe US$ 19 bilhões. Não tenho argumentos suficientes para explicar o
montante do desvio, mas com certeza, ou há muito desvio de dinheiro público, ou
muita incompetência dos administradores da empresa. Uma coisa, no entanto, é
certa: ao final somos nós brasileiros que arcamos com o prejuízo. Segundo ainda
a Revista época:
“Ao obter acesso exclusivo às provas apreendidas pela PF e entrevistar integrantes do esquema, ÉPOCA revelou, nos últimos meses, as evidências que desenhavam a estrutura financeira e política das operações lideradas por Paulo Roberto. Na semana passada, as autoridades suíças confirmaram a existência de numerosas contas secretas controladas, oficialmente, por familiares de Paulo Roberto. A maior parte do dinheiro está, contudo, em nome do homem de capuz preto: ao menos US$ 23 milhões. O dinheiro foi bloqueado. Há evidências de contas controladas por ele em outros paraísos fiscais. ÉPOCA procurou, mas não obteve retorno das empresas Flexiv e Italma, nem do advogado de Paulo Roberto.”
Como
todos sabemos, e até já escrevi um artigo a esse respeito, a corrupção não é novidade
no Brasil e muito menos é invenção do PT. O que nos assusta é que um partido,
que dizia ser a redenção do país, e que tinha como bandeira a defesa da ética e
da moralidade, esteja agora tentando desqualificar a denúncia do Ministério
Público e o julgamento do mensalão, querendo passar a falsa ideia de que os
seus filiados não fizeram nada de errado. Não dá para ninguém honesto e
comprometido com o futuro deste país aceitar calado esse tipo de coisas. Hoje
temos convicção de que o mal dos nossos gestores públicos reside na corrupção,
na incompetência, no desrespeito aos cidadãos e na impunidade.
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