sábado, 28 de junho de 2014

MAGISTRADAS ACREDITAM ENFRENTAR MAIS DIFICULDADES QUE JUÍZES NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO, APONTA PESQUISA DO CNJ




           O inciso I do art. 5º da Constituição Federal é claro quando afirma que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.” O caput do art. 5º, por sua vez, diz que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, ...”


 Se não bastasse o acima exposto, o inciso XLI  do art. 5º é taxativo quando afirma que “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais.” Diante disso, não há como alguém ainda fazer qualquer tipo de discriminação. Infelizmente, ainda convivemos com essa indesejada mazela. A esse respeito vejamos o resultado de uma pesquisa do CNJ:

“Cerca de um terço das magistradas (29%) considera que enfrenta mais dificuldades no exercício da magistratura que seus colegas homens. De acordo com o Censo dos Magistrados, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no fim de 2013, dos cerca de 10,8 mil magistrados que responderam à pesquisa, apenas 36% são mulheres, embora representem 56% dos servidores.

Apesar de a maioria das magistradas consultadas (87%) considerar imparciais os concursos para a magistratura, uma vez superada a fase do ingresso à carreira, 14% delas relataram ter mais problemas nos processos de remoção e promoção em relação aos juízes; na Justiça Federal, o índice dobra (28%). No exercício da função, parte das mulheres admitiu que o fato de serem do sexo feminino já proporcionou reações negativas de jurisdicionados (25%) e de outros profissionais do Sistema de Justiça (30%).

De acordo com duas em cada três magistradas que opinaram na pesquisa do CNJ, a vida pessoal delas é mais afetada pela carreira que a dos colegas do sexo masculino. O percentual de juízes que têm filhos é ligeiramente maior (78%) que o das juízas (71%). 

Pesquisa  O objetivo do estudo foi identificar o perfil da magistratura brasileira, razão pela qual o questionário consultou os magistrados brasileiros sobre informações pessoais e profissionais. Dos 16.812 magistrados em atividade no país, 10.796 responderam ao questionário eletrônico proposto pelo CNJ, o que indica índice de resposta de 64%.”

A cultura machista está relacionada à educação. Em assim sendo, esse tema precisa ser discutido entre pais e filhos, na escola, nas mídias de um modo geral, para que a sociedade compreenda que esse tipo de crime não se justifica em hipótese alguma.
           

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