As táticas dos marqueteiros, tanto da
presidenta Dilma quanto do candidato Aécio Neves, são desconstruir a imagem dos
adversários, como fez o PT com a candidata Marina Silva no primeiro turno. Não
sabemos se esse é o melhor caminho. Duda Mendonça agiu diferente em 2006,
quando o ex-presidente Lula disputou a reeleição. Sobre a suspensão da
propaganda do candidato Aécio Neves, vejamos a seguir a notícia encontrada no
site do TSE:
“O ministro Tarcisio Vieira de
Carvalho Neto, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu hoje (18) quatro
liminares a candidata Dilma Rousseff e a Coligação com a Força do Povo e
determinou a imediata suspensão de propagandas eleitorais do candidato Aécio
Neves envolvendo denuncias contra a Petrobras, veiculadas no rádio e na TV.
Nas inserções divulgadas no rádio, uma
das peças afirma que ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, confessou
que o PT recebia percentual nos contratos firmados pela área de abastecimento
da estatal. Na outra inserção, o locutor afirma: “Você sabia que só com o
dinheiro desviado da Petrobras pro PT daria para fazer mais doze estádios da
Copa e por aqueles preços hein”.
A inserção da TV mostra uma série de
manchetes de jornais contrários ao PT acompanhada da seguinte mensagem: 'Já que
o PT está apresentando manchetes de jornal para atacar o Aécio, nós vamos
mostrar também algumas manchetes sobre o PT'; e conclui, 'Chega? Ou quer Mais?'
Nas representações ao TSE, a coligação
fundamentou seus pedidos na nova orientação do Tribunal para combater a
deterioração do nível das campanhas, alegando que as propagandas ofendem a
honra e a dignidade da candidata Dilma Rousseff ao veicularem mensagens 'inverídicas e caluniosas'. Foi requerida liminar para suspender a propaganda
(em razão da possibilidade de reexibição) e, no mérito, foi pedido direito de
resposta (o mérito ainda será julgado).
Nova orientação
Conforme a fundamentação, o relator
aplicou a nova jurisprudência do TSE, firmada pelo Plenário no julgamento da
Representação 165865, a partir da crescente preocupação com a deterioração do
nível das peças publicitárias preparadas para as eleições presidenciais,
especialmente após o primeiro turno das eleições.
Ao decidir, o ministro reiterou que, 'ataques deste tipo prestam desserviço ao debate eleitoral fértil e autêntico
e, em maior escala, à própria democracia', por isso foi preciso fixar novos
parâmetros para a propaganda em rádio e televisão e, em especial, para o
balizamento do trabalho dos juízes auxiliares, em tema de direito de resposta.
‘A Corte entendeu que, mesmo dispondo
os candidatos, no segundo turno, de tempos rigorosamente iguais no horário
eleitoral gratuito (simetria), o espaço disponibilizado no rádio e na TV deve
ser utilizado de maneira propositiva. Ou seja, não pode ser desvirtuado para a
realização de críticas destrutivas da imagem pessoal do candidato adversário,
nem é justo que o ofendido tenha de utilizar o seu próprio tempo para se
defender de ataques pessoais em prejuízo de um autêntico e benfazejo debate
político. Em suma: o espaço é público e deve ser utilizado no mais lídimo
interesse público, não soando legítima, doravante, sua apropriação desmesurada’,
afirmou o ministro Tarcisio Vieira ao conceder as liminares.
Segundo o ministro, o TSE também
foi enfático ao desestimular a utilização de matérias jornalísticas
depreciativas, ainda que previamente divulgadas pela imprensa, bem como a
participação de terceiros não diretamente relacionados à cena política.
Tarcisio Vieira de Carvalho entendeu
que, à luz dos novos parâmetros, a propaganda eleitoral questionada apresenta
excessos ao imputar conduta ilícita ao PT e vinculá-la à candidata Dilma
Rousseff, com base em manchetes de jornais e em depoimento de terceiro
massivamente veiculado pela imprensa , de forma a macular a imagem de ambos
perante o eleitorado.
‘Houve, portanto, nítido
desvirtuamento do espaço reservado à propaganda eleitoral’, afirmou o ministro,
ao conceder as liminares para determinar a suspensão imediata das veiculações
até decisão final da causa.
A
propaganda eleitoral da presidenta Dilma e de Aécio Neves está deixando muito a
desejar. Em vez de se preocuparem em mostra as suas propostas para solucionar
os reais problemas do Brasil, estão voltados cada vez para os “pobres” do
adversário. É uma baixaria total. É uma lástima.
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