Segundo a Revista Globo Rural, Ano
30, n°, 351, de janeiro de 2015, “Em 2014, os preços da arroba do boi subiram
bem acima dos índices inflacionários e remuneraram bem a cria, recria e
engorda, afirma Alcides Torres, consultor da Scot Consultoria”. Alguns fatores
estão favorecendo os criadores de gado bovino, dentre aqueles a elevação do dólar,
que torna o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional, o que
explica, em parte, o sucesso das exportações de 2014.
Segundo ainda a Revista Globo Rural,
“A queda dos preços dos grãos, no entanto, favorece os pecuaristas. Para este
ano, a expectativa é de abate entre 43 milhões e 45 milhões de cabeças e
produção de carne superior a 8,5 milhões de toneladas, com a arroba oscilando
entre R$ 139 e R$ 145 – preço altamente remunerador para os pecuaristas de alta
tecnologia, que conseguem um giro rápido do rebanho”. Como se vê, o ano de 2015
promete ser muito favorável aos criadores de gado bovino.
Por outro lado, com o aumento dos
preços da carne bovina, a tendência é que igualmente subam os preços da carne
suína e de franco. Segundo informou ainda a Revista Globo Rural, deve haver
este ano uma elevação do consumo interno de suínos para 16 quilos per capita
ano.
Confirmando a tendência anunciada
pela Revista Globo Rural, segundo dados do CEPEA, a arroba do boi gordo no
Brasil chegou a US$ 54,24 no mês de dez/14, registrando valorização de 12,7% em
relação ao mesmo período do último ano. Informou o IMEA - Instituto Mato-grossense
de Economia Agropecupária que considerando os principais exportadores de carne
bovina (Argentina, Austrália, Brasil, EUA e Uruguai), o Brasil alcançou o segundo maior patamar dentre os outros países, o
que mostra que o país tem hoje um destaque internacional como produtor de carne
bovina. Sobre esse assunto confiram o que disse ainda o IMEA, segundo matéria
encontrada no site http://g1.globo.com/mato-grosso:
“O boletim de bovinocultura do
Instituto informa que o maior preço e a maior valorização foram dos EUA, com
US$ 95,60/@ e aumentando 23,1% no mesmo período. ‘Já em Mato Grosso, o preço da
arroba em dólar fechou dez/14 em US$ 49,12, ficando apenas 28 centavos de dólar
abaixo do terceiro colocado, a Austrália.’ A arroba do Estado apresentou
valorização de 21,3%, pautada principalmente na forte demanda e na retirada de
embargos à carne brasileira, de acordo com o Imea.
Conforme o boletim, na
semana passada, os preços da arroba valorizaram 0,34% no boi gordo, alcançando
R$ 130,77, e 0,19% na vaca gorda, chegando a R$ 123,57.
Mas, segundo o Imea, apesar dos altos
níveis de preços no mercado doméstico, a valorização do dólar conferiu maior
competitividade à carne bovina de Mato Grosso, o que explica, em parte, o
sucesso das exportações de 2014.”
Como podemos ver, segundo as
informações do IMEA, o que não é nenhuma surpresa, a valorização do dólar conferiu
maior competitividade à bovina. E essa competitividade não diz respeito tão somente a
carne produzida em Mato Grosso, mas para a carne produzida em qualquer outra
parte do Brasil.
E o melhor de tudo é que, segundo notícia
encontrada no site da Globo Rural, para o gerente de projetos da Associação dos
Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Fábio da Silva, embora o preço do boi gordo
esteja aumentando no mercado interno, no contexto internacional Mato Grosso
continua extremamente competitivo em relação aos demais países. “As exportações
estão aquecidas, contribuindo para a manutenção das vendas da carne bovina e
também dos preços ao pecuarista no mercado interno", afirma.
A
Revista Globo Rural, por sua vez, esclarece ainda que os produtores de soja e
milho, no entanto, não terão a mesma sorte dos criadores de gado bovino, já que
estoques elevados e safra gorda derrubam os preços daqueles produtos.
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