E isso fica evidente em várias situações como, por
exemplo: a) quando a inflação insiste em ficar acima da meta de 4,5% ao ano,
obrigando o Banco Central a aumentar as taxas de juros; b) quando a taxa de
crescimento do PIB, por anos seguidos, não consegue um desempenho razoável; c)
quando a balança comercial apresenta desempenho medíocre e as contas externas
têm o pior resultado dos últimos anos; d) quando as dívidas públicas interna e
externa atingem patamares assustadores; e e) quando se registra uma acentuada desvalorização do
real.
E
essa realidade ninguém pode esconder, uma vez que o próprio Governo já vem reconhecendo
há algum tempo esse problema. O presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, em
entrevista a Revista Exame de nº. 1059, ano 48, de 19 de fevereiro de 2014,
página 41, quando perguntado pela Revista “E o que tira o sono do BC?”, foi
direto afirmando que “Temos de encontrar ‘novos motores’, novas fontes de
expansão da economia. Crescimento gerado apenas pela absorção de mão de obra
tem limite. Nesse sentido, a agenda do governo está bem focada. Precisamos
qualificar a mão de obra, e temos mais pessoas estudando e mais programas
públicos de qualificação que atendem milhões de trabalhadores. Também
precisamos destravar o investimento e resolver os gargalos de infraestrutura
para ampliar nossa capacidade de crescer sem pressionar a inflação. Podemos
enxergar este momento como uma oportunidade de nos ajustar e aumentar a
produtividade.”
E como estamos vendo, o Governo,
muito embora venha afirmando o propósito de corrigir o rumo da economia, o fato
é que ainda não encontrou o caminho. A esse respeito, confirma a notícia
encontrada no site do Jornal O Povo:
“A previsão para o Produto Interno Bruto
(PIB) deste ano passou de zero para -0,42% na última semana. A estimativa é dos
economistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central. A pesquisa
foi divulgada nesta quarta-feira, 18. Além da previsão pessimista do PIB, os
especialistas também estimam elevação da inflação para 7,27%.
A estimativa vem piorando nas últimas sétima semanas. Pela primeira vez os analistas dos bancos previram encolhimento do PIB neste ano. Na última previsão, a expectativa era de um crescimento zero para o Produto Interno Bruto de 2015. Para 2016, o mercado segue prevendo alta de 1,5% para o PIB.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.”
A estimativa vem piorando nas últimas sétima semanas. Pela primeira vez os analistas dos bancos previram encolhimento do PIB neste ano. Na última previsão, a expectativa era de um crescimento zero para o Produto Interno Bruto de 2015. Para 2016, o mercado segue prevendo alta de 1,5% para o PIB.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.”
A
Revista Veja há tempo vem alertando para as dificuldades da economia brasileira,
tanto que a de nº. 2362, ano 47, de 26 de fevereiro de 2014, anunciou: “O
prolongado período de baixo crescimento, o aumento da inflação, o avanço dos
gastos públicos e a interferência estatal em diferentes setores criaram uma
combinação perversa que minou a confiança de empresários e investidores. Uma
das conseqüências desse desarranjo está na ameaça de rebaixamento da nota de
crédito do país, que é uma referência de confiabilidade para os investidores.”
Como podemos ver, a informação da Revista Veja só confirma o que afirmamos
sobre a fragilidade da economia brasileira e o que o mercado financeiro acaba
de anunciar.
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