sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

MPF ACIONA EX-PRESIDENTE DO BNB E MAIS 10 POR ROMBO DE R$ 1,2 BILHÃO

           Quase sempre ficamos a nos perguntar o que será do futuro do Brasil com tanto descaso das nossas autoridades para com o dinheiro dos nossos impostos. Não é possível imaginar uma instituição financeira não ter preocupação com o retorno do dinheiro que empresta aos seus clientes. Os financiamentos de uma instituição financeira, como o Banco do Nordeste do Brasil, ou de qualquer outro banco de fomento, precisam ser pagos, uma vez que só assim é possível fazer o dinheiro circular, beneficiando o maior número possível de pessoas e empresas, gerando produção e riquezas.

           Além do que, nenhum Banco oficial está autorizado a fazer doação de dinheiro a quem quer que seja. Se as informações forem verdadeiras, os responsáveis por essas lamentáveis ocorrências precisam ser punidos na forma da lei. Vejamos a seguir o que encontramos no site do Jornal Tribuna do Ceará:

           "O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) denunciou o ex-presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Roberto Smith, e mais 10 dirigentes da instituição financeira pela prática de gestão fraudulenta. Segundo a denúncia do procurador da República Edmac Trigueiro, os ex-gestores teriam praticado irregularidades na administração dos recursos do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE), provocando um desfalque de R$ 1.274.095.377,97. O rombo teria acontecido após os dirigentes do BNB autorizarem pelo menos 52 mil empréstimos, dentre eles repasses milionários, a empresários. Depois que os empréstimos eram realizados, os gestores bancários ignoravam os procedimentos de cobrança, encobrindo a real situação patrimonial do FNE.

           De acordo com a denúncia, relatório de auditoria operacional do Tribunal de Contas da União (TCU) constatou a existência de clientes com dezenas e até centenas de operações baixadas em prejuízo, sem que tenha sido feita ação de cobrança judicial por parte do BNB, em detrimento dos normativos do banco. De 55.051 operações auditadas, somente 2.385 possuíam Autorização de Cobrança Judicial (ACJ). Na ação penal ajuizada, o MPF solicitou ao TCU um laudo pericial que especifique o montante que estaria perdido dos cofres públicos devido à prescrição de possibilidade do banco exigir judicialmente o crédito. 'Em alguns casos, o dinheiro pode não ser mais recuperado. A dívida não some, mas o banco não pode mais cobrar judicialmente o valor devido', explica o procurar Edmac Trigueiro.

           O MPF ainda investiga se há relação entre os inadimplentes beneficiários dos empréstimos com os gestores do BNB réus na ação. O Tribuna do Ceará entrou em contato com o ex-presidente Roberto Smith e foi informado de que o ex-gestor irá se pronunciar somente à Justiça. Atualmente, Roberto Smith é presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece). A reportagem também entrou em contato com o Banco do Nordeste, mas ainda não recebeu resposta.

           Os denunciados são: Roberto Smith, presidente do BNB à época dos fatos Luiz Carlos Everton de Farias, compunha a diretoria do BNB à época dos fatos Luiz Henrique Mascarenhas Correia Silva, compunha a diretoria do BNB à época dos fatos Paulo Sérgio Rebouças Ferraro, compunha a diretoria do BNB à época dos fatos Oswaldo Serrano de Oliveira, compunha a diretoria do BNB à época dos fatos Pedro Rafael Lapa, compunha a diretoria do BNB à época dos fatos João Francisco de Freitas Peixoto, superintendente de Controle Financeiro do BNB à época dos fatos Jefferson Cavalcante Albuquerque, superintendente de Controles Internos, Segurança e Gestão de Riscos do BNB à época dos fatos José Andrade Costa, superintendente de Crédito e Gestão de Produtos do BNB à época dos fatos João Alves de Melo, presidente do Comitê de Auditoria do BNB à época dos fatos Dimas Tadeu Fernandes Madeira, superintendente de Auditoria do BNB à época dos fato."

           Pelo que se vê, e se a história é tal qual foi narrada, dificilmente o Banco terá o dinheiro que emprestou de volta. É uma pena que assim seja. 

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