Bonito
gesto o da Agente de trânsito, LUCINA SILVA TAMBURINI, que - condenada a pagar R$ 5 mil
reais a um Juiz por danos morais por pará-lo numa blitz, ter discutido com ele, porque não portava Carteira de Habilitação, e ter dito na ocasião que "Juiz não é Deus" -, resolveu doar os
40 mil reais arrecadado numa “vaquinha” feita pela Internet, a pessoas necessitadas.
A esse respeito, vejamos notícia encontrada no site do Jornal O Povo:
“Luiciana
Tamburini conta que achou o gesto da ''vaquinha'' bonito e reconhece que têm
pessoas que precisam de ajuda mais do que ela. Com isso a agente resolveu fazer
a doação do valor." (Site Jornal O Povo).
"A agente da Lei Seca que foi
condenada a pagar indenização ao juiz João
Carlos de Souza Corrêa por tê-lo parado em uma operação da Lei Seca, em 2011,
decidiu doar o valor arrecadado pela 'vaquinha' na internet. O objetivo do
campanha era ajudar a agente
Lucina Silva Tamburini no pagamento da indenização de R$ 5 mil.
As contribuições que terminaram na
última terça-feira, 11, devem chegar aos R$ 40 mil. A indenização é de R$ 5 mil,
mas ela vai recorrer e aguardar que a decisão seja revertida.
Ela só receberá o dinheiro após 15
dias, contando do último dia de contribuição, ou seja, na última terça-feira.
Enquanto isso, Lucina Silva Tamburini pesquisa instituições que ajudem vítimas
de trânsito.
Tamburini conta que achou o gesto da ‘vaquinha’
bonito e reconhece que têm pessoas que precisam de ajuda mais do que ela. 'Achei o gesto [da 'vaquinha'] bonito, mas graças a Deus tenho
família. Tem gente precisando mais do que eu. Na própria Lei Seca tem os
cadeirantes que fazem aquele trabalho de conscientização com os motoristas que
são parados. Como ouvia deles sobre a necessidade de material, resolvi
ajudá-los a viver melhor. Acho [esta doação] bem importante', contou ela.
Entenda o caso
Luciana Silva Tamburini foi condenada
a pagar indenização ao juiz João Carlos de Souza Correa, por ter dito ‘Juiz não
é Deus’, durante uma operação da Lei Seca.
A agente constatou que o magistrado
dirigia o veículo sem placas e sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Ele, no entanto, disse que o veículo deveria ser apreendido. Ao se identificar
como juiz, a funcionária disse que ‘juiz não é Deus’.
Essa frase rendeu um pagamento de
indenização no valor de R$ 5 mil, com decisão publicada no dia 31 de outubro.
Segundo o processo, Tamburini agiu de forma irônica e com falta de respeito ao
magistrado. O juiz então, durante a ocasião, deu voz de prisão por desacato da
agente.
No processo a agente exigia a
indenização do juiz, alegando que ele tentou receber tratamento diferencia do
por conta do cargo. Mas a juíza responsável pelo caso, Mirella Letízia,
considerou que Tamburini perdeu a razão ao ironizar uma autoridade pública e
reverteu a ação, condenando a agente a pagar a indenização.
Apesar de uma apelação da decisão, a
14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a decisão.
‘Em defesa da própria função pública
que desempenha nada mais restou ao magistrado, a não ser determinar a prisão da
recorrente, que desafiou a própria magistratura e tudo o que ela representa’,
disse o acórdão.”
Esse
fato, indiscutivelmente, deu ensejo a muitas polêmicas. O Juiz João Carlos, por
sua vez, teve a sua imagem arranhada em razão do episódio. E não só a dele: mas, igualmente, a de toda a categoria dos Magistrados, o que, convenhamos, não é justo, uma vez que existem muitos juízes honestos e humildes.
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