Chuva
no semiárido nordestino é sempre uma ótima notícia e motivo de festa, principalmente depois da
seca dos últimos anos. Resta agora rezar e rogar a DEUS para que as chuvas
sejam duradouras e para que se estendam para o restante dos demais estados da
Região. Eis a seguir a notícia encontrada no site http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia:
“A chuva
voltou forte depois de seis meses de seca no sul do Piauí, uma alegria para os
agricultores que trabalham no perímetro irrigado Fidalgo. Com a terra molhada,
eles puderam desligar as bombas e economizar energia, e até os problemas
causados pela enxurrada não desanimaram.
Os últimos
dias têm sido de muito trabalho para Lourival de Sousa, que em quatro hectares
de área plantada, espera colher 60 mil bananas por mês. Por causa das últimas
chuvas, o sistema de irrigação foi desligado e, com menos despesa, o lucro deve
ser maior.
No perímetro
irrigado Fidalgo, mais conhecido como Morro dos Cavalos, em Simplício
Mendes, moram 150 famílias. Todas tiram o sustento da terra e além da
banana, cultivam macaxeira, feijão e melancia. Como a região faz parte do
semiárido, sem o projeto de irrigação do Departamento de Obras Contra a Seca
(Dnocs), não seria possível produzir o ano inteiro.
Há mais de
seis meses não chovia na região. A força da água destruiu parte da estrada e
quem tem plantação do outro lado, pelo menos por enquanto, vai ter que esperar
até que a situação volte ao normal.
Bastaram
duas chuvas fortes, nos últimos dias, para os problemas começarem a aparecer.
Até Manoel Damasceno, que conhece bem a região, ficou surpreso com a enxurrada
que se deparou de uma hora para outra, mas apesar da situação, a maior parte
dos agricultores não reclama. O período chuvoso na região, que chegou mais
cedo, é sempre muito bem-vindo.
Como chuva
quase sempre significa aumento de produção, as mulheres dos agricultores, que
criaram um grupo de doceiras, estão animadas. Parte das frutas que se perdia
por falta de venda, agora é aproveitada por elas. Goiaba, banana, manga, tudo é
matéria-prima para os doces.
Aos poucos,
a atividade que começou pra valer há apenas um ano, vai ajudando a gerar renda
para as mulheres, que até então só ajudavam os maridos nas lavouras.”
Os
agricultores do semiárido nordestino, infelizmente, vivem à míngua de políticas
públicas voltadas para a solução dos problemas da seca, que é uma das piores de que
se tem notícia. E o Governo não demonstra muita sensibilidade com o problema,
contentando-se com o oferecimento do Bolsa Família, como se este resolvesse
definitivamente o problema da Região. Hoje, infelizmente, a economia do
semiárido nordestino, com exceções de alguns polos de agricultura irrigada,
criação de camarão e algumas outras atividades, depende basicamente do Bolsa
Família, das aposentadorias dos trabalhadores rurais e do Fundo de Participação
dos Municípios (FPM). O fato é que entra Governo e sai Governo, e nenhum deles
apresentou até agora uma solução definitiva para o problema do semiárido
nordestino.
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