Como
podemos constatar, a corrupção na Petrobras tem repercutido no mundo todo. E
não poderia ser diferente, uma vez que a empresa tem grande relevância para a
economia brasileira, além de serem monstruosas as cifras desviadas. Se
morássemos num país sério, com certeza já estariam presos e condenados todos os
envolvidos nessas falcatruas, sejam políticos, sejam funcionários e diretores
da companhia, sejam empresários. Infelizmente, poucos estão presos. E quanto
aos políticos, nem sabemos se um dia serão punidos como deveriam. A respeito do
artigo do Financial Times, confiram a notícia encontrada no site www.noticias.uol.com.br:
“Em artigo
publicado neste sábado (31), o jornal britânico ‘Financial Times’ afirma que a
presidente Dilma Rousseff precisa explicar o que sabia sobre a corrupção na
Petrobras e que já passou o tempo de ser indulgente com os diretores da
empresa.
‘Embora ela
não tenha sido acusada diretamente de envolvimento, como conselheira durante
grande parte do tempo em questão, ela [Dilma] precisa explicar o que sabia e
quando soube’, afirma o editorial.
‘A Lava-Jato
deve pedir a cabeça da presidente e dos diretores. Dilma Rousseff está
defendendo eles. O tempo para esta indulgência já passou’, completa.”
Não
há dúvida nenhuma de que não faz sentido a manutenção da atual diretoria da
Petrobras, inclusive da atual presidente da empresa. Ela pode nem ter nada com
essa história, mas só o fato de tudo ter ocorrido na gestão dela, é uma razão
extremamente relevante que justificaria a sua demissão do cargo. E é isso o que
quer dizer o Jornal. Confiram ainda o que encontramos no site www.noticias.uol.com.br:
“Nesta
semana, as ações da empresa despencaram após a divulgação do balanço do
terceiro trimestre de 2014 com dois meses de atraso e sem descontar as perdas
causadas por desvios de corrupção. Na sexta-feira (30), elas atingiram seu
menor valor em 11 anos.
O texto do
diário britânico também diz que Dilma precisa apoiar a investigação e traça um
paralelo entre o escândalo na Petrobras e o mensalão.
O mensalão ‘levou
a condenações de políticos sêniores - algo inédito no Brasil. Com a Petrobras,
no entanto, a resposta precisa ser mais rápida e mais firme’.
O artigo
afirma também que, apesar de o dinheiro, supostamente, não ter sido usado por
políticos para enriquecimento pessoal, a escala de desvios aumentou com o PT - e
atribui a corrupção ao ‘desejo de poder’ do partido. O dinheiro desviado,
segundo as investigações, teria sido usado em campanhas da sigla e de partidos
aliados.
O jornal diz
que as consequências da desvalorização da Petrobras vão além da empresa. ‘Tem
importância sistêmica para a economia brasileira e ameaça derrubar o governo. A
Petrobras é muito grande para fracassar. Mas também é muito corrupta para
seguir desta maneira’.”
As afirmações do Financial Times
são duras, mas realistas. Esse episódio da Petrobras é muito grave e
deprimente. É vergonhoso vivermos num país com políticos e gestores nos quais
não podemos confiar. Nós elegemos pessoas para nos representar e cuidar dos
interesses de uma Nação, mas não confiamos nelas. Vejam que crueldade. E aí não
tem como não perguntarmos: que país é esse? É o nosso lamentavelmente. Se
vivemos num que se diz democrático de direito, só nos resta gritarmos e dizermos que
não concordamos com o que está acontecendo, e exigirmos que todos os corruptos e corruptores sejam rigorosamente punidos.
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