O BNB teve com a sua criação a
finalidade de contribuir para reduzir as desigualdades sociais entre o povo do
Nordeste e o de outras regiões, considerando que o semiárido sempre foi um foco
de pobreza e de mazelas sociais. O Banco do Nordeste do Brasil, desde a sua
criação, vem desempenhando ao lado do Banco do Brasil papel relevante para a
economia da região, notadamente porque, como agente de desenvolvimento,
volta-se para fins específicos. A matéria é melhor esclarecida pela nota
disponibilizada na Internet pelo Banco (2004, p.01):
“Por ser um banco de desenvolvimento,
exerce ações diferenciadas em relação ao sistema bancário brasileiro e é o
principal agente do Governo Federal para o desenvolvimento da Região. Em função
disso, o Banco atua em focos específicos, e seu trabalho vai além da concessão
do crédito, como por exemplo a capacitação técnica e gerencial de seus clientes
financiados. Ao longo desse período, o Nordeste mudou de forma significativa.
Experimentou uma urbanização acelerada, iniciou o processo de industrialização
e diversificou sua estrutura econômica. A renda percapta da Região saltou de
US$ 305, em 1950, para US$ 2.770, em 1997. A infra-estrutura regional
modernizou-se e a agricultura, base econômica do passado, perdeu terreno para a
indústria e os serviços na composição do PIB, que alcançou US$ 124,5 bilhões
(1997), registrando elevadas taxas de expansão.”
Inquestionavelmente, o banco dispõe de
quadro técnico de qualidade e desde a sua criação foi um forte aliado do
produtor rural, tendo nas décadas de sessenta, setenta e oitenta, feito pela
Região Nordeste tanto quanto fez o Banco do Brasil. É um dos instrumentos
criados pelo Governo Federal que visa a amenizar o grande problema das
desigualdades regionais.
Surpreendemo-nos, no entanto, mais uma
vez, com mais esse Programa de Incentivo ao Desligamento, que na década de
1990, quando o Banco do Brasil e a Caixa Econômica criaram programas
semelhantes, tanto problemas acarretaram a milhares de funcionários, que
iludidos pelas propostas que pareciam vantajosas, aventuram-se com pedidos de
demissão, e tempos depois, viram-se na mais completa miséria. Ainda hoje
milhares de ex-funcionários dos bancos oficiais, que optaram pela demissão voluntária,
lamentam a tragédia que esse fato acarretou em suas vidas. E agora, em pleno
Governo do PT, eis que surge o BNB com mais esse propósito. Vejamos a matéria
encontrada no site Jornal o Povo:
“O programa tem caráter voluntário e
será disponibilizado para quem trabalha no banco, foi admitido até o ano 2000 e
é aposentado pela previdência social ou pretende.
O Banco do Nordeste lançou o Programa
de Incentivo ao Desligamento (PID). Segundo o presidente interino da instituição,
Nelson de Souza, o ‘programa de caráter voluntário’ vale para quem trabalha no
BNB, foi admitido até o ano 2000 e já é aposentado pela previdência social ou
pretende se aposentar até 31 de dezembro de 2014.
Em nota, o BNB esclarece
que o solicitante do programa receberá, em parcela única, oito salários
contratuais (no limite de R$ 150 mil) mais 40% dos depósitos efetuados pelo
banco no FGTS.
Nelson Souza explica que ‘a
aposentadoria pela previdência não extingue o contrato de trabalho e, como
consequência, muitos funcionários não têm uma porta de saída do mercado de
trabalho’. Ele diz que o BNB, através do programa, está ‘oferecendo uma maneira
do trabalhador sair de forma digna’.
O presidente interino
deixa claro que ‘os funcionários que quiserem continuar no BNB irão permanecer
dentro do plano de desenvolvimento corporativo e de concorrência interna do
banco’.”
Com o esgotamento do Estado no início
da década de oitenta, o Banco do Nordeste é hoje o mais forte instrumento de
que dispõe a Região para fortalecer a sua economia e implementar ações diferenciadas
que visam a combater os focos de pobreza e auxiliar no combate das disparidades
regionais.
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