terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

BNB LANÇA PROGRAMA DE INCENTIVO AO DESLIGAMENTO



O BNB teve com a sua criação a finalidade de contribuir para reduzir as desigualdades sociais entre o povo do Nordeste e o de outras regiões, considerando que o semiárido sempre foi um foco de pobreza e de mazelas sociais. O Banco do Nordeste do Brasil, desde a sua criação, vem desempenhando ao lado do Banco do Brasil papel relevante para a economia da região, notadamente porque, como agente de desenvolvimento, volta-se para fins específicos. A matéria é melhor esclarecida pela nota disponibilizada na Internet pelo Banco (2004, p.01): 

“Por ser um banco de desenvolvimento, exerce ações diferenciadas em relação ao sistema bancário brasileiro e é o principal agente do Governo Federal para o desenvolvimento da Região. Em função disso, o Banco atua em focos específicos, e seu trabalho vai além da concessão do crédito, como por exemplo a capacitação técnica e gerencial de seus clientes financiados. Ao longo desse período, o Nordeste mudou de forma significativa. Experimentou uma urbanização acelerada, iniciou o processo de industrialização e diversificou sua estrutura econômica. A renda percapta da Região saltou de US$ 305, em 1950, para US$ 2.770, em 1997. A infra-estrutura regional modernizou-se e a agricultura, base econômica do passado, perdeu terreno para a indústria e os serviços na composição do PIB, que alcançou US$ 124,5 bilhões (1997), registrando elevadas taxas de expansão.” 

Inquestionavelmente, o banco dispõe de quadro técnico de qualidade e desde a sua criação foi um forte aliado do produtor rural, tendo nas décadas de sessenta, setenta e oitenta, feito pela Região Nordeste tanto quanto fez o Banco do Brasil. É um dos instrumentos criados pelo Governo Federal que visa a amenizar o grande problema das desigualdades regionais. 

Surpreendemo-nos, no entanto, mais uma vez, com mais esse Programa de Incentivo ao Desligamento, que na década de 1990, quando o Banco do Brasil e a Caixa Econômica criaram programas semelhantes, tanto problemas acarretaram a milhares de funcionários, que iludidos pelas propostas que pareciam vantajosas, aventuram-se com pedidos de demissão, e tempos depois, viram-se na mais completa miséria. Ainda hoje milhares de ex-funcionários dos bancos oficiais, que optaram pela demissão voluntária, lamentam a tragédia que esse fato acarretou em suas vidas. E agora, em pleno Governo do PT, eis que surge o BNB com mais esse propósito. Vejamos a matéria encontrada no site Jornal o Povo: 
      
“O programa tem caráter voluntário e será disponibilizado para quem trabalha no banco, foi admitido até o ano 2000 e é aposentado pela previdência social ou pretende.
O Banco do Nordeste lançou o Programa de Incentivo ao Desligamento (PID). Segundo o presidente interino da instituição, Nelson de Souza, o ‘programa de caráter voluntário’ vale para quem trabalha no BNB, foi admitido até o ano 2000 e já é aposentado pela previdência social ou pretende se aposentar até 31 de dezembro de 2014.
Em nota, o BNB esclarece que o solicitante do programa receberá, em parcela única, oito salários contratuais (no limite de R$ 150 mil) mais 40% dos depósitos efetuados pelo banco no FGTS.
Nelson Souza explica que ‘a aposentadoria pela previdência não extingue o contrato de trabalho e, como consequência, muitos funcionários não têm uma porta de saída do mercado de trabalho’. Ele diz que o BNB, através do programa, está ‘oferecendo uma maneira do trabalhador sair de forma digna’.
O presidente interino deixa claro que ‘os funcionários que quiserem continuar no BNB irão permanecer dentro do plano de desenvolvimento corporativo e de concorrência interna do banco’.” 

            Com o esgotamento do Estado no início da década de oitenta, o Banco do Nordeste é hoje o mais forte instrumento de que dispõe a Região para fortalecer a sua economia e implementar ações diferenciadas que visam a combater os focos de pobreza e auxiliar no combate das disparidades regionais.

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