Essa informação, que aparentemente não tem maiores conseqüências, é deveras preocupante. Num país como o nosso, 19% dos jovens na faixa de 15 a 24 anos de idade representam número expressivo de pessoas com poucas perspectivas de futuro.
E isso, convenhamos, tem sérias conseqüências
para o futuro do país, já comprometido com um alto índice de criminalidade. Em
razão disso, os nossos governantes deveriam levar muito a sério essa informação
e investir em políticas públicas voltadas, não só para esses jovens, mas para
todas as crianças e adolescentes. E um bom começo seria, sem dúvida nenhuma,
investir mais na qualidade do ensino público. Com um ensino público de
qualidade, certamente não teríamos tantos jovens na faixa de idade de 15 a 24
anos sem estudar e desempregados. Sobre essa matéria, vejamos a notícia
encontrada na data de hoje, 13 de fevereiro de 2014 na Uol Economia:
“O relatório Trabalho Decente e
Juventude na América Latina: Políticas para Ação da OIT (Organização
Internacional do Trabalho), divulgado nesta quinta-feira (13), mostra que 19%
dos jovens brasileiros entre 15 e 24 anos não trabalham nem estudam (os
"nem-nem"). A média da América Latina é de 20,3%.
Os países com maior percentual de
jovens denominados nem-nem são Honduras, com 27,5%, Guatemala, com 25,1%, e El
Salvador, com 24,2%. Os países com menor percentual são Paraguai, com 16,9%, e
Bolívia, com 12,7%.
Na América-Latina, existem 21,8
milhões de nem-nem, o que representa 20,3% dos jovens. Deste total, 30% são
homens e 70%, mulheres.
Aproximadamente 25% desses jovens
(5,25 milhões) buscam trabalho; mas não conseguem, 16,5 milhões não trabalham,
nem buscam emprego e cerca de 12 milhões dedicam-se a afazeres domésticos.
Mulheres jovens constituem 92% desse grupo.
Cerca de 4,6 milhões de jovens
são considerados pela OIT o ‘núcleo duro’ dos excluídos, pois representam o
maior desafio e estão sob risco de exclusão social, já que não estudam, não
trabalham, não procuram emprego e tampouco se dedicam aos afazeres domésticos.
O relatório da OIT destaca
positivamente o fato de que, apesar de as estatísticas laborais não serem
alentadoras, a porcentagem de jovens que somente estudam aumentou de 32,9%, em
2005, para 34,5%, em 2011.
‘Não há dúvida de que temos a
geração mais educada da história e, por isso mesmo, é necessário tomar as
medidas apropriadas para aproveitar melhor seu potencial e dar-lhe a
oportunidade de iniciar com o pé direito sua vida laboral’, disse a diretora regional
da OIT para a América Latina e Caribe, Elizabeth Tinoco.”
Então,
leitores amigos, em 2014 teremos uma ótima oportunidade para escolher bem os
políticos que deverão cuidar dos destinos do nosso país nos próximos anos. Pensemos
bem sobre isso na hora de votar.
2 comentários:
Sucesso em seu novo blog.
Muito obrigado, amigo. O nosso trabalho aqui visa, antes de tudo, contribuir para melhor esclarecer os nossos leitores sobre os problemas e as perspectivas do nosso país.
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