quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A ECONOMIA BRASILEIRA, NO GOVERNO DILMA, É A QUE MENOS CRESCEU DESDE O GOVERNO COLLOR






Como há tempos vinham apontando os indícios de fragilidade da economia brasileira, tivemos, finalmente, essa confirmação com a divulgação do crescimento do PIB (produto interno bruto), que cresceu tão somente 2,3% (dois vírgula três por cento) em 2013, depois de uma expansão de 1% (um por cento) em 2012 e de 2,7% (dois vírgula sete) em 2011, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

E o resultado, segundo foi mostrado pelo IBGE, poderia ter sido bem pior, se não fosse o bom desempenho do agronegócio. Quando analisamos essa realidade, temos a triste confirmação de que nos três primeiros anos do Governo da presidente Dilma Rousseff, o crescimento médio do PIB girou em torno de 2% (dois por cento) ao ano. O número é metade do verificado na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva 4% (quatro por cento) ao ano, e ligeiramente inferior ao registrado no período de Fernando Henrique Cardoso (2,3%). 

Nesse contexto, só ganha mesmo para o desempenho do Governo Collor de -1,3% (menos um vírgula três por cento) ao ano, já que no Governo de Itamar Franco, o sucessor de Collor, tivemos um crescimento de 5% (cinco por cento) ao ano, o maior de todos a partir de Fernando Collor de Melo. 

E como já tivemos a oportunidade de escrever no nosso blog, a economia, se nada for feito para equilibrá-la, poderá por em risco a reeleição da presidente Dilma. E isso não é fantasia. É fato muito provável.

O fato é que, quando fazemos uma retrospectiva dos últimos anos, a partir do primeiro Governo eleito pelo povo, e comparando com outros países, veremos que, entre todos, o período em que o PIB do Brasil teve o melhor desempenho desde 1990 foi o do Governo de Itamar Franco, quando o crescimento chegou a 5% (cinco por cento) ano, acima da média do mundo, da América Latina e dos países emergentes e pobres. 

Já quando comparamos o crescimento da economia brasileira com a dos demais países do mundo, veremos que nos demais Governos, após o de Itamar Franco, a economia cresceu menos do que a média mundial, salvo no Governo do presidente Lula. Em assim sendo, a média do crescimento mundial superou a do Governo de Fernando Henrique Cardoso e o da presidente Dilma. 

Considerando, no entanto, as séries históricas disponíveis, surpreendemo-nos, o fato de ter o Governo da presidente Dilma o melhor desempenho mundial em termos de emprego e renda. E esse fato, no nosso entender, talvez seja o que ainda sustenta o razoável índice de popularidade da presidente. 
 
Quanto à balança comercial, à inflação e ao equilíbrio das contas públicas, como já relatamos noutro artigo, são preocupantes, uma vez que a média anual desses indicadores nos anos Dilma encontram-se bem abaixo do desejado, e muito aquém dos resultados do Governo Lula, apesar do bom desempenho do agronegócio. 

A indústria, por sua vez, ao contrário do que tem acontecido com o agronegócio, tem desempenho medíocre, já que é o menor desde Collor, como ocorreu com o PIB. 

Como já tivemos a oportunidade de expor em vários outros artigos, quem segura hoje a economia brasileira e salva a balança comercial é o agronegócio, que mesmo padecendo da precariedade da infraestrutura, ainda consegue crescer sucessivamente. 

            E como já apontamos noutra oportunidade, a popularidade dos governantes estão, quase sempre, atrelada ao desempenho da economia. E isso ficou bem claro com o que aconteceu no Governo de Fernando Henrique Cardoso, bem como no Governo do presidente Lula.   

2 comentários:

sakamori10@gmail.com disse...

Parabéns!
É isto mesmo, o que acontece.
O desempenho eleitoral de candidato à presidência depende diretamente ao desempenho da economia nacional.
Abs!
Ossami Sakamori

Cassiano Freitas disse...

Obrigado. É bom ter um comentário desse de uma pessoa com a sua qualificação.