Como há tempos vinham apontando os
indícios de fragilidade da economia brasileira, tivemos, finalmente, essa
confirmação com a divulgação do crescimento do PIB (produto interno bruto), que
cresceu tão somente 2,3% (dois vírgula três por cento) em 2013, depois de uma
expansão de 1% (um por cento) em 2012 e de 2,7% (dois vírgula sete) em 2011, de acordo com o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística).
E o resultado, segundo foi mostrado
pelo IBGE, poderia ter sido bem pior, se não fosse o bom desempenho do
agronegócio. Quando analisamos essa realidade, temos a triste confirmação de
que nos três primeiros anos do Governo da presidente Dilma Rousseff, o
crescimento médio do PIB girou em torno de 2% (dois por cento) ao ano. O número
é metade do verificado na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva 4% (quatro por
cento) ao ano, e ligeiramente inferior ao registrado no período de Fernando
Henrique Cardoso (2,3%).
Nesse contexto, só ganha mesmo para o
desempenho do Governo Collor de -1,3% (menos um vírgula três por cento) ao ano,
já que no Governo de Itamar Franco, o sucessor de Collor, tivemos um crescimento
de 5% (cinco por cento) ao ano, o maior de todos a partir de Fernando Collor de Melo.
E como já tivemos a oportunidade de
escrever no nosso blog, a economia, se nada for feito para equilibrá-la, poderá
por em risco a reeleição da presidente Dilma. E isso não é fantasia. É fato
muito provável.
O fato é que, quando fazemos uma
retrospectiva dos últimos anos, a partir do primeiro Governo eleito pelo povo,
e comparando com outros países, veremos que, entre todos, o período em que o
PIB do Brasil teve o melhor desempenho desde 1990 foi o do Governo de Itamar
Franco, quando o crescimento chegou a 5% (cinco por cento) ano, acima da média
do mundo, da América Latina e dos países emergentes e pobres.
Já quando comparamos o crescimento da
economia brasileira com a dos demais países do mundo, veremos que nos demais
Governos, após o de Itamar Franco, a economia cresceu menos do que a média
mundial, salvo no Governo do presidente Lula. Em assim sendo, a média do crescimento
mundial superou a do Governo de Fernando Henrique Cardoso e o da presidente Dilma.
Considerando, no entanto, as séries
históricas disponíveis, surpreendemo-nos, o fato de ter o
Governo da presidente Dilma o melhor desempenho mundial em termos de emprego e
renda. E esse fato, no nosso entender, talvez seja o que ainda sustenta o razoável
índice de popularidade da presidente.
Quanto à balança comercial, à inflação
e ao equilíbrio das contas públicas, como já relatamos noutro artigo, são
preocupantes, uma vez que a média anual desses indicadores nos anos Dilma encontram-se
bem abaixo do desejado, e muito aquém dos resultados do Governo Lula, apesar do bom desempenho do agronegócio.
A indústria, por sua vez, ao contrário
do que tem acontecido com o agronegócio, tem desempenho medíocre, já que é o
menor desde Collor, como ocorreu com o PIB.
Como já tivemos a oportunidade de
expor em vários outros artigos, quem segura hoje a economia brasileira e salva
a balança comercial é o agronegócio, que mesmo padecendo da precariedade da
infraestrutura, ainda consegue crescer sucessivamente.
E como já apontamos noutra oportunidade,
a popularidade dos governantes estão, quase sempre, atrelada ao desempenho da
economia. E isso ficou bem claro com o que aconteceu no Governo de Fernando
Henrique Cardoso, bem como no Governo do presidente Lula.
2 comentários:
Parabéns!
É isto mesmo, o que acontece.
O desempenho eleitoral de candidato à presidência depende diretamente ao desempenho da economia nacional.
Abs!
Ossami Sakamori
Obrigado. É bom ter um comentário desse de uma pessoa com a sua qualificação.
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