"No topo
da lista da Forbes está o clã Marinho, dono das Organizações Globo, que aparece
com uma fortuna acumulada de 64 bilhões de reais. Por Samantha Maia." (Site da Revista Carta Capital).
Apesar das badaladas mudanças no
quadro de desigualdade social, continuamos achando que o Brasil ainda é o país
das injustiças sociais. E assim afirmamos com fundamento em dados da Revista
Forbes, que aponta que o patrimônio dos 15 mais ricos do Brasil supera a renda
de 14 milhões de Bolsa Família. A esse respeito é esclarecedora a notícia
encontrada no site da Revista Carta Capital. Confiram:
“O patrimônio das 15 famílias mais
ricas do Brasil, segundo lista divulgada pela revista Forbes, é dez vezes maior
que a renda de 14 milhões de grupos familiares atendidos pelo programa Bolsa
Família. De acordo com a publicação americana, os 15 clãs mais abastados do
Brasil concentram uma fortuna de 270 bilhões de reais, cerca de 5% do PIB do
País. O Bolsa Família, por sua vez, atendeu 14 milhões de famílias em 2013 com
um orçamento de 24 bilhões de reais, equivalentes a 0,5% do PIB.”
Como podemos ver, de fato as
desigualdades são gritantes. E o pior: não é fácil mudar essa realidade. Aliás,
com as políticas públicas implementadas até então no Brasil, a tendência é
aumentar ainda mais a distância entre ricos e pobres. Por razões pouco
convincentes, o Governo acaba sempre priorizando a política de crédito e outras
voltadas para os grandes, como ocorre quando favorece mais os agricultores que
produzem para o mercado externo. E com a política de crédito subsidiado do
BNDES para as grandes empresas. Vejamos o que diz ainda a notícia da Revista
Carta Capital:
“Lidera a lista da Forbes a família
Marinho, dona das Organizações Globo. Os irmãos Roberto Irineu Marinho, João
Roberto Marinho, José Roberto Marinho possuem uma fortuna de 64 bilhões de
reais. Outra empresa de mídia que aparece na lista é o Grupo Abril, do clã
Civita, com patrimônio de 7,3 bilhões de reais.
O setor bancário se destaca na origem
das fortunas das famílias mais ricas do Brasil, representado pelos clãs Safra
(Banco Safra), Moreira Salles (Itau/Unibanco), Villela (holding Itaúsa), Aguiar
(Bradesco) e Setubal (Itaú).
Eram três os bilionários do Brasil em
1987, quando a Forbes produziu a primeira lista: Sebastião Camargo
(Grupo Camargo Correa), Antônio Ermírio de Moraes (Grupo Votorantim) e
Roberto Marinho (Organizações Globo). Hoje são 65, 25 deles parentes, o que
leva a revista americana a constatar que para se tornar um bilionário no
Brasil, o mais importante é ser um herdeiro.
Segue a lista das famílias
mais ricas do Brasil:
1)
Marinho, Organizações Globo, US$ 28,9 bilhões
2)
Safra, Banco Safra, US$ 20,1 bilhões
3)
Ermírio de Moraes, Grupo Votorantim, US$ 15,4 bilhões
4)
Moreira Salles, Itaú/Unibanco, US$ 12,4 bilhões
5)
Camargo, Grupo Camargo Corrêa, US$ 8 bilhões
6)
Villela, holding Itaúsa, US$ 5 bilhões
7)
Maggi, Soja, US$ 4,9 bilhões
8)
Aguiar, Bradesco, US$ 4,5 bilhões
9)
Batista, JBS, US$ 4,3 bilhões
10) Odebrecht,
Organização Odebrecht US$ 3,9 bilhões
11) Civita, Grupo
Abril, US$ 3,3 bilhões
12) Setubal, Itaú,
US$ 3,3 bilhões
13) Igel, Grupo
Ultra, US$ 3,2 bilhões
14) Marcondes
Penido, CCR, US$ 2,8 bilhões
15) Feffer, Grupo
Suzano, US$ 2,3 bilhões.”
Da
nossa parte lamentamos que no nosso país ainda tenhamos tamanhos desníveis
sociais, apesar das riquezas de que dispomos. Somos hoje um dos maiores
produtores de alimento do planeta, dispomos de uma das maiores reserva de
petróleo do mundo, possuímos grandes reservas de minérios de ferro e manganês e
ainda diversas outras riquezas naturais aqui não mencionadas.
De
qualquer modo, enquanto não melhorarmos a qualidade da nossa Educação e da
nossa Justiça, dando um basta na corrupção, não vislumbramos melhoras
sustentáveis na área social nem nas demais como Saúde e Segurança Pública.
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