domingo, 3 de novembro de 2013
A AQUICULTURA: o pré-sal da produção de alimentos, segundo o ministro Crivella
Com respaldo em dados da FAO, segundo a qual a aqüicultura é um dos setores de produção animal com crescimento mais acelerado, mostra-se extremamente otimista o Ministro Marcelo Crivella, quando afirma que a aqüicultura no Brasil é “o pré-sal da produção de alimentos.”
Ao falar na quinta-feira, 30 de outubro, sobre as oportunidades de negócios do setor durante o seminário Aqüicultura: Um Investimento Sustentável, que reuniu em Brasília empresários do setor e representantes do governo, o Ministro da Pesca e Aqüicultura, Marcelo Crivella, revelou grande otimismo em relação ao crescimento da criação de peixes, de camarões e de outras espécies aquáticas no país.
Segunda a Agência Brasil, na ocasião, os participantes discutiram ainda durante o seminário a criação de um fundo de investimento em participações (FIP) para o setor, financiado pelo BNDES, com recursos de R$ 100 milhões. A iniciativa pretende reunir empresas e fundos de pensão para participar de dez projetos para desenvolver a aqüicultura no país, visando a elevar de um milhão de toneladas atuais para 20 milhões de toneladas a produção de pescados no Brasil, de maneira sustentável.
Muito embora pareça excessivo o otimismo do ministro, de fato o Brasil tem potencialidades indiscutíveis no que diz respeito não só à aqüicultura, mas no tocante à produção de alimentos de um modo geral. Sem dúvida nenhuma a atividade rural ainda é a que mais cresce e prospera no país, tanto que para a safra de 2013/2014 estima-se que a produção de grãos poderá atingir o montante de até 195,50 milhões de toneladas, bem superior a de 2012/2013, que foi de 186,82 milhões, ou seja, um incremento de 4,65% (quatro vírgula sessenta e cinco por cento) bem superior ao do PIB, estimado em torno de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) para 2013.
De acordo com o ministro Marcelo Crivella, os três grandes problemas enfrentados pelo setor para crescer no país sempre foram burocracia, impostos e financiamento. Segundo ele, no entanto, “o governo atendeu às reivindicações do setor e resolveu os três: desonerou impostos, lançou o Plano Safra com R$ 4 bilhões em créditos e investimentos, e ainda descomplicou o licenciamento por meio de uma resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente)”.
Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) indicam que a aqüicultura é um dos setores de produção animal com crescimento mais acelerado. De acordo com a agência da ONU, a produção da pesca e aqüicultura vai superar na próxima década a produção de carne de gado, porco e frango. A aqüicultura inclui a produção em cativeiro de peixes, camarões, rãs, algas e outras espécies aquáticas.
Segundo o empresário André Barbieri, o Brasil tem muitas características favoráveis à aqüicultura, como 12% da água disponível no planeta (uma das maiores reservas do mundo); área superior a 10 milhões de hectares de lâmina d’água; clima propício para o crescimento de organismos cultivados; diversidade de espécies; litoral com 7,4 mil quilômetros de extensão e 5 milhões de hectares de represas e lagos. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial.
Como se vê, são bastante animadoras as perspectivas para a atividade pesqueira no país. O objetivo do FIP, de acordo com Barbieri, é investir em toda a cadeia produtiva do setor. Para isso, conta com a permissão de utilização de 0,5% das águas da União para explorar todo o potencial aqüícola do país. Além disso, ele ressalta que “a crescente demanda por alimentos, atrelada à alteração do padrão de consumo da população e conseqüente busca por alimentos mais saudáveis, vem contribuindo para o desenvolvimento da aqüicultura no Brasil”.
Essas informações trazidas através da Agência Brasil sobre o potencial pesqueiro do Brasil não são grandes novidades, uma vez que alem da extensa área costeira, que pode ser explorada com a atividade pesqueira, dispõe o país de grandes rios e lagos, que se adequadamente utilizados e explorados para a aqüicultura, poderão apresentar resultados surpreendentes.
Como já se fez com a agricultura e a pecuária, é possível acreditar que é possível que se faça também com a aqüicultura, bastando para tanto que o Governo acredite na atividade e ofereça o necessário incentivo, como crédito e assistência técnica.
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