"Ei você aí, me dá um dinheiro aí
Me dá um dinheiro aí
Não vai dar?
Não vai dar não
Você vai ver a grande confusão
O que vou fazer
Bebendo até cair
Me dá, me dá, me dá (oi)
Me dá um dinheiro aí"
(Ivan Ferreira)
Nenhum cidadão trabalhador e honesto, que tem considerável parcela dos seus vencimentos descontados na fonte para o Imposto de Renda, sente-se confortável com os recorrentes escândalos de corrupção, envolvendo servidores públicos, políticos e empresários. E esse fato é pior ainda porque, além de quase sempre ninguém ser punido, o serviço público oferecido aos usuários é de péssima qualidade, por isso que hoje ninguém consegue mais calar a boca do povo. É verdade que essa história de corrupção não é nova. Talvez hoje a imprensa tenha tido mais condições de ter acesso às informações e tenha mais liberdade para denunciar.
Na concepção de Altar Freitas, em artigo publicado no seu blog em 17 de janeiro de 2012, “De modo geral, essa luta tem uma síntese muito fácil de ser compreendida: quem está fora do poder utiliza a corrupção, a sua denúncia, para atingir quem está no exercício do poder, como elemento de desgaste, desmoralização, mobilização de forças, evidentemente com o intuito de enfraquecer os governantes de plantão e eles próprios - chamemos genericamente de oposição - assumirem o controle do Estado. Essa dinâmica é tão antiga quando a própria existência da civilização! A corrupção é um cancro antigo. Desde o desenvolvimento dos primeiros Estados organizados, em algum grau, a corrupção tem sido manejada como instrumento de manutenção do poder ou de luta contra ele.
Portanto, a luta política travada no Brasil na atualidade, o denuncismo infernal sobre corrupção - real/irreal - não tem em si nenhuma novidade significativa. Sequer é novidade o sentimento popular de que ‘políticos, são todos iguais, um bando de ladrões’, que acaba ‘sendo estimulado, amplificado, pela ausência absoluta de critérios nas denúncias, o que acaba jogando tudo e todos numa vala comum.”
Como já tivemos a oportunidade de falar noutro artigo, muito embora saibamos que tão somente um percentual mínimo de casos de corrupção no Brasil sejam denunciados e investigados, ainda assim, são tantos que ninguém agüenta mais ouvir o noticiário televisivo. E o pior: esse monstro chamado corrupção está plantado nos mais diversos rincões do país. E manifesta-se de diversas maneiras, desde um Guarda de Trânsito que cria uma situação para barganhar uma propina, até um político corrupto que vota a favor de um Projeto de Lei em troca de dinheiro.
Os escândalos são tantos e tão grandes que um caso como o da Operação Mãos Limpas da Polícia Federal do Amapá - que segundo estimativas do Superintendente da época, os desvios de dinheiro público giravam em torno de um bilhão de reais -, sequer figura entre os maiores. E se fizermos uma retrospectiva, quase ninguém fica preso em razão desses desvios de dinheiro público. Há quem entenda, como é o caso de Altair Freitas, que “Um primeiro elemento que necessita ser destacado para compreender a corrupção está no fato de que – desde os primórdios da civilização – vivemos em sociedades profundamente divididas em classes sociais, geralmente antagônicas e que disputam entre si o controle da sociedade.
Essa luta intestina pelo comando das rédeas do poder para definir quem dá as cartas, quem estabelece as leis, quem manda e quem obedece, mesmo que esteja regulamentada por leis, cria uma situação de ‘vale tudo’. E no vale tudo, comprar consciências, subornar personalidades para que elas mudem de lado, comprar votos, etc, é parte integrante da disputa e vai continuar a ser assim por um largo tempo histórico. Não tenho ilusões quanto a isso!”
Com a devida vênia, não concordamos com essa posição. Na nossa percepção, a corrupção aqui no Brasil tem muito a ver com a deficiência dos nossos sistemas de controle, bem como em razão da sensação de impunidade. E isso tem lógica, uma vez que se os nossos sistemas de controles são falhos, dificilmente alguém será pego roubando. E quando dá azar e as falcatruas são descobertas, em última hipótese, o sujeito vê na deficiência da Justiça a sua tábua de salvação.
No site cesartayar.blogspot.com.br, de 19 de abril de 2013, com o título “os corruptos e os corruptores”, há a informação: “Na edição desta semana da revista CartaCapital, o Ministro-Chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, disse que no Brasil o corruptor tem uma iniciativa muito maior do que o corrupto. Apenas como exemplo o ministro mostrou que em uma década, foram demitidos 3 mil servidores flagrados em negociatas. Já a sua lista de empresas "ficha suja" composta de corruptores, tem 4,7 mil inscritos. Esse quadro reflete a dura realidade política de nossa mentirosa democracia representativa onde Jundiaí está totalmente inserida. O que temos testemunhado nos últimos 20 anos de governos do PSDB e também nestes 100 dias da gestão PCdoB/PT, nos causa uma profunda náusea no estômago.”
Com a citação de parte desse artigo, tivemos a pretensão de mostrar que corrupção não é coisa tão somente de políticos e servidores público. Aliás, nem poderia ser. Para que o político e o servidor público desviem dinheiro público, faz-se preciso que exista a participação de alguém de fora do serviço público, quase sempre um empresário, tão bandido quanto aqueles. E aqui no Brasil, como já tivemos a oportunidade de falar noutro artigo, existem corruptos no Brasil inteiro e em todos os partidos. No Diário da Amazônia, de 30 de setembro de 2013, encontramos a seguinte matéria, com a qual concordamos plenamente: “A população brasileira vem dando sinais indiscutíveis de que ficou cansada de ver coisas erradas acontecendo neste país.
A indignação que eu compreendo e que também compartilho nasce sem sombra de dúvidas do mesmo germe: a corrupção. É a corrupção que está por trás de todos os escândalos que teimam em estar sempre presentes nos nossos noticiários, nos jornais, nos telejornais, na internet, nas redes sociais.
A corrupção é a raiz de todos os grandes e pequenos problemas que afligem a nossa sociedade. Recentemente o Congresso Nacional votou por transformar o crime de corrupção em crime hediondo, exatamente por reconhecer o poder destrutivo que esse mal causa à sociedade. Mas cabe agora questionar: quem será punido por esse crime? Essa é a pergunta que quase todos os brasileiros estão fazendo, porque os noticiários estão repletos de escândalos, de desmandos, de injustiças e quase nenhuma punição? Não adianta aumentar a pena e manter incontáveis recursos de defesa do que é imoralmente indefensável.
A corrupção, e por conseguinte, a impunidade que vem a reboque, mostra à população menos esclarecida, que o crime pode compensar, tendo em vista que muitos corrompem, são pegos e flagrados em escutas e filmagens indiscutíveis e autorizadas pela justiça, mas acabam por ficar impunes, vivendo livremente em sociedade, sem ao menos ser obrigado a devolver os recursos públicos desviados. Cabe, portanto, uma série de reflexões a este respeito. Mas o que não podemos é nos eximir e ficarmos sempre atentos e denunciar sempre que possíveis casos de desvio de conduta de entes públicos, eleitos ou não pelo povo. Precisamos perseguir meios para banir ou pelo menos reduzir a corrupção da política e da sociedade brasileira, essa mancha suja, que nos afasta do interesse coletivo e compromete nossa imagem junto à opinião pública mundial como um dos países mais corruptos do mundo. Neste sentido, é preciso que todos façamos a nossa parte, principalmente quem tem o papel de punir os corruptos.”
Entendemos que não é possível que o país avance sem que combatamos essa praga que corrói sem piedade as finanças públicas, vitais para a melhoria da qualidade dos serviços públicos essenciais, como Saúde, Educação e Segurança. Não é possível nos rendermos às profecias do Mestre Rui Barbosa, quando disse que: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”
Infelizmente, não é difícil constatarmos que muitos brasileiros já perderam as esperanças e se renderam às profecias do Grande Mestre. A entrega é o fim das esperanças. E nós brasileiros, que pensamos no futuro das próximas gerações e que temos filhos e netos, não podemos fraquejar. Em assim sendo, precisamos nos unir e buscar meios e fórmulas para combater esse peste epidêmica, chamada corrupção. Enfim, precisamos afastar do Brasil esse rótulo de “país da corrupção”.
Nenhum cidadão trabalhador e honesto, que tem considerável parcela dos seus vencimentos descontados na fonte para o Imposto de Renda, sente-se confortável com os recorrentes escândalos de corrupção, envolvendo servidores públicos, políticos e empresários. E esse fato é pior ainda porque, além de quase sempre ninguém ser punido, o serviço público oferecido aos usuários é de péssima qualidade, por isso que hoje ninguém consegue mais calar a boca do povo. É verdade que essa história de corrupção não é nova. Talvez hoje a imprensa tenha tido mais condições de ter acesso às informações e tenha mais liberdade para denunciar.
Na concepção de Altar Freitas, em artigo publicado no seu blog em 17 de janeiro de 2012, “De modo geral, essa luta tem uma síntese muito fácil de ser compreendida: quem está fora do poder utiliza a corrupção, a sua denúncia, para atingir quem está no exercício do poder, como elemento de desgaste, desmoralização, mobilização de forças, evidentemente com o intuito de enfraquecer os governantes de plantão e eles próprios - chamemos genericamente de oposição - assumirem o controle do Estado. Essa dinâmica é tão antiga quando a própria existência da civilização! A corrupção é um cancro antigo. Desde o desenvolvimento dos primeiros Estados organizados, em algum grau, a corrupção tem sido manejada como instrumento de manutenção do poder ou de luta contra ele.
Portanto, a luta política travada no Brasil na atualidade, o denuncismo infernal sobre corrupção - real/irreal - não tem em si nenhuma novidade significativa. Sequer é novidade o sentimento popular de que ‘políticos, são todos iguais, um bando de ladrões’, que acaba ‘sendo estimulado, amplificado, pela ausência absoluta de critérios nas denúncias, o que acaba jogando tudo e todos numa vala comum.”
Como já tivemos a oportunidade de falar noutro artigo, muito embora saibamos que tão somente um percentual mínimo de casos de corrupção no Brasil sejam denunciados e investigados, ainda assim, são tantos que ninguém agüenta mais ouvir o noticiário televisivo. E o pior: esse monstro chamado corrupção está plantado nos mais diversos rincões do país. E manifesta-se de diversas maneiras, desde um Guarda de Trânsito que cria uma situação para barganhar uma propina, até um político corrupto que vota a favor de um Projeto de Lei em troca de dinheiro.
Os escândalos são tantos e tão grandes que um caso como o da Operação Mãos Limpas da Polícia Federal do Amapá - que segundo estimativas do Superintendente da época, os desvios de dinheiro público giravam em torno de um bilhão de reais -, sequer figura entre os maiores. E se fizermos uma retrospectiva, quase ninguém fica preso em razão desses desvios de dinheiro público. Há quem entenda, como é o caso de Altair Freitas, que “Um primeiro elemento que necessita ser destacado para compreender a corrupção está no fato de que – desde os primórdios da civilização – vivemos em sociedades profundamente divididas em classes sociais, geralmente antagônicas e que disputam entre si o controle da sociedade.
Essa luta intestina pelo comando das rédeas do poder para definir quem dá as cartas, quem estabelece as leis, quem manda e quem obedece, mesmo que esteja regulamentada por leis, cria uma situação de ‘vale tudo’. E no vale tudo, comprar consciências, subornar personalidades para que elas mudem de lado, comprar votos, etc, é parte integrante da disputa e vai continuar a ser assim por um largo tempo histórico. Não tenho ilusões quanto a isso!”
Com a devida vênia, não concordamos com essa posição. Na nossa percepção, a corrupção aqui no Brasil tem muito a ver com a deficiência dos nossos sistemas de controle, bem como em razão da sensação de impunidade. E isso tem lógica, uma vez que se os nossos sistemas de controles são falhos, dificilmente alguém será pego roubando. E quando dá azar e as falcatruas são descobertas, em última hipótese, o sujeito vê na deficiência da Justiça a sua tábua de salvação.
No site cesartayar.blogspot.com.br, de 19 de abril de 2013, com o título “os corruptos e os corruptores”, há a informação: “Na edição desta semana da revista CartaCapital, o Ministro-Chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, disse que no Brasil o corruptor tem uma iniciativa muito maior do que o corrupto. Apenas como exemplo o ministro mostrou que em uma década, foram demitidos 3 mil servidores flagrados em negociatas. Já a sua lista de empresas "ficha suja" composta de corruptores, tem 4,7 mil inscritos. Esse quadro reflete a dura realidade política de nossa mentirosa democracia representativa onde Jundiaí está totalmente inserida. O que temos testemunhado nos últimos 20 anos de governos do PSDB e também nestes 100 dias da gestão PCdoB/PT, nos causa uma profunda náusea no estômago.”
Com a citação de parte desse artigo, tivemos a pretensão de mostrar que corrupção não é coisa tão somente de políticos e servidores público. Aliás, nem poderia ser. Para que o político e o servidor público desviem dinheiro público, faz-se preciso que exista a participação de alguém de fora do serviço público, quase sempre um empresário, tão bandido quanto aqueles. E aqui no Brasil, como já tivemos a oportunidade de falar noutro artigo, existem corruptos no Brasil inteiro e em todos os partidos. No Diário da Amazônia, de 30 de setembro de 2013, encontramos a seguinte matéria, com a qual concordamos plenamente: “A população brasileira vem dando sinais indiscutíveis de que ficou cansada de ver coisas erradas acontecendo neste país.
A indignação que eu compreendo e que também compartilho nasce sem sombra de dúvidas do mesmo germe: a corrupção. É a corrupção que está por trás de todos os escândalos que teimam em estar sempre presentes nos nossos noticiários, nos jornais, nos telejornais, na internet, nas redes sociais.
A corrupção é a raiz de todos os grandes e pequenos problemas que afligem a nossa sociedade. Recentemente o Congresso Nacional votou por transformar o crime de corrupção em crime hediondo, exatamente por reconhecer o poder destrutivo que esse mal causa à sociedade. Mas cabe agora questionar: quem será punido por esse crime? Essa é a pergunta que quase todos os brasileiros estão fazendo, porque os noticiários estão repletos de escândalos, de desmandos, de injustiças e quase nenhuma punição? Não adianta aumentar a pena e manter incontáveis recursos de defesa do que é imoralmente indefensável.
A corrupção, e por conseguinte, a impunidade que vem a reboque, mostra à população menos esclarecida, que o crime pode compensar, tendo em vista que muitos corrompem, são pegos e flagrados em escutas e filmagens indiscutíveis e autorizadas pela justiça, mas acabam por ficar impunes, vivendo livremente em sociedade, sem ao menos ser obrigado a devolver os recursos públicos desviados. Cabe, portanto, uma série de reflexões a este respeito. Mas o que não podemos é nos eximir e ficarmos sempre atentos e denunciar sempre que possíveis casos de desvio de conduta de entes públicos, eleitos ou não pelo povo. Precisamos perseguir meios para banir ou pelo menos reduzir a corrupção da política e da sociedade brasileira, essa mancha suja, que nos afasta do interesse coletivo e compromete nossa imagem junto à opinião pública mundial como um dos países mais corruptos do mundo. Neste sentido, é preciso que todos façamos a nossa parte, principalmente quem tem o papel de punir os corruptos.”
Entendemos que não é possível que o país avance sem que combatamos essa praga que corrói sem piedade as finanças públicas, vitais para a melhoria da qualidade dos serviços públicos essenciais, como Saúde, Educação e Segurança. Não é possível nos rendermos às profecias do Mestre Rui Barbosa, quando disse que: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”
Infelizmente, não é difícil constatarmos que muitos brasileiros já perderam as esperanças e se renderam às profecias do Grande Mestre. A entrega é o fim das esperanças. E nós brasileiros, que pensamos no futuro das próximas gerações e que temos filhos e netos, não podemos fraquejar. Em assim sendo, precisamos nos unir e buscar meios e fórmulas para combater esse peste epidêmica, chamada corrupção. Enfim, precisamos afastar do Brasil esse rótulo de “país da corrupção”.
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