“Deputado Marco Maia voltou atrás e admitiu no
relatório da CPMI que há prejuízo potencial aos cofres da Petrobras no negócio de Pasadena.” (Site
Jornal Nacional).
O Poder Legislativo, segundo o art. 44
da Constituição Federal de 1988, é exercido pelo Congresso Nacional, que se
compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo,
eleitos pelo sistema proporcional em cada estado, em cada território e no
Distrito Federal. São 513 Deputados Federais, com mandato de quatro anos. O
número de Deputados é proporcional à população do estado ou do Distrito
Federal, com o limite mínimo de oito e máximo de setenta Deputados para cada um
deles.
Para o Senado Federal, cada estado
e o Distrito Federal elegem três Senadores, com mandato de oito anos, renovados
de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. A composição do
Senado Federal é de 81 Senadores.
Ao tratar das competências do
Congresso Nacional, podemos reuni-las em três conjuntos:
1º) o das atribuições relacionadas às
funções do Poder Legislativo federal;
2º) o das atribuições das Casas do
Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal), quando atuam
separadamente; e
3º) o das atribuições relacionadas ao
funcionamento de comissões mistas e de sessões conjuntas, nas quais atuam
juntos os Deputados Federais e os Senadores (embora votem separadamente).
Além da função de representação, antes
mencionada, compete ao Congresso Nacional exercer atribuições legislativas e de
fiscalização e controle.
Como se vê, o Congresso Nacional,
além de legislar tem também a função de fiscalizar e controlar. Aqui no Brasil,
no entanto, muitas vezes temos a sensação de que o nosso Parlamento brinca de fazer
CPI ou CPMI, como ocorreu agora em relação à apuração de denúncia que envolve a
Petrobras, diretores, servidores, doleiros e empreiteiras.
Sobre a função fiscalizadora, o art.
70 da Constituição estabelece a competência do Congresso Nacional para a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta. Para que possa
exercer essa função, o Congresso Nacional é auxiliado pelo Tribunal de Contas da União.
Pode soar estranho o que afirmamos. Mas
não o é. E isso comprovamos com o resultado das investigações da CPMI criada para
investigar irregularidades envolvendo a empresa Petróleo Brasileiro S/A
(PETROBRAS), ocorridas entre os anos de 2005 e 2014, e relacionadas à compra da
Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA); ao lançamento de plataformas inacabadas;
ao pagamento de propina a funcionário da estatal; e ao superfaturamento na
construção de refinarias. Não é possível compreender como mesmo diante de
tantas falcatruas, o Relator, deputado Marco Maia do PT, tenha precisado ler um
relatório da CGU para se convencer de que a compra da Refinaria de Pasadena
causou prejuízos à estatal. Confiram o que informou o Jornal Nacional:
“As conclusões da Controladoria-Geral
da União provocaram mudanças no relatório que o deputado Marco Maia apresentou
à CPI mista da Petrobras.
O deputado Marco Maia, do PT, voltou
atrás e mudou o relatório. No documento apresentado na semana passada, o
relator da CPMI afirmou que a compra da refinaria de Pasadena,
nos Estados Unidos, foi um bom negócio para a Petrobras, apesar de o Tribunal
de Contas da União ter apontado prejuízo de quase US$ 800 milhões para a
empresa. Nesta quarta-feira (17), Maia disse que, depois de ter lido relatório
da Controladoria-Geral da União sobre o negócio, concluiu:
‘Nós estamos, portanto, admitindo no
relatório da CPMI que há um prejuízo potencial de US$ 561,5 milhões aos cofres
da Petrobras no negócio de Pasadena’, disse Marco Maia.
Mas Marco Maia não pediu a punição de ninguém no caso Pasadena. O relator também alterou outro trecho do parecer, porque teria sido mal interpretado. Ele fez mudanças no texto para deixar claro que está pedindo o indiciamento por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha de 52 pessoas, entre empresários, doleiros e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Marco Maia deixou de fora políticos.”
Mas Marco Maia não pediu a punição de ninguém no caso Pasadena. O relator também alterou outro trecho do parecer, porque teria sido mal interpretado. Ele fez mudanças no texto para deixar claro que está pedindo o indiciamento por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha de 52 pessoas, entre empresários, doleiros e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Marco Maia deixou de fora políticos.”
Não precisamos ser nenhum experto em
auditoria ou investigação para sabermos que todo o trabalho da CPMI não passou
de enganação. Só que isso custa caro. Os parlamentares não trabalham de graça.
O país tem um alto custo para mantê-los em Brasília. Portanto, nós brasileiros,
que trabalhamos e pagamos impostos para manter o Congresso Nacional, temos o
dever de exigir que os parlamentares, deputados e senadores, exerçam as suas
atribuições com seriedade, uma vez que eles estão lá como os nossos
representantes. E nós não queremos representantes para trabalhar contra os nossos próprios interesses. Pensem bem sobre isso.
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