domingo, 5 de abril de 2015

O AGRONEGÓCIO SALVA, MAIS UMA VEZ, A ECONOMIA BRASILEIRA DE UM ESTRONDOSO DESASTRE


            O fraco desempenho da economia é hoje a maior preocupação do Governo, da equipe econômica e do povo brasileiro de um modo geral. E o que muitos não sabem é que sem os dólares que entram no Brasil através das exportações do agronegócio, há muito tempo que já estaríamos no fundo do poço. Isso não é exagero. É real. A Revista Veja, Ed 2419 – ano 48 – nº 13, de 1º de abril de 2015, ilustra bem o assunto com a reportagem “A SALVAÇÃO DA LAVOURA”, página 62, quando afirma:          

“O agronegócio será a boia de salvação do PIB em 2015. Segundo uma projeção do Ministério da Agricultura e Pecuária, o setor deve expandir-se 1,2% neste ano. Trata-se de uma boa notícia em meio a um mar de números ruins - e, se não permite a ninguém nadar de braçada, é essencial para evitar naufrágios. Especialistas preveem uma retração de 0,8% no resultado geral da economia. A indústria, segundo revelou um estudo da Fiesp na semana passada, deve sofrer um encolhimento de 4,5%. Comparado a outros segmentos, o Agrícola tem conseguido se manter praticamente imune à crise.”

            Como bem ressaltou a matéria da Revista Veja, segundo estudo da Fiesp, a indústria deve sofrer um encolhimento de 4,5% em 2015. Como se vê, enquanto a indústria despenca, o agronegócio continua crescendo, apesar de todas as adversidades, como precariedade das estradas, insuficiência de armazenamento, dentre tantos outros problemas que concorrem para o encarecimento da produção e para reduzir a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. Essa percepção de que a agricultura salva a economia brasileira não é nova. Em 14 de fevereiro de 2014, noticiou o El País:

“Se há um setor resiliente no Brasil é o agronegócio. Mais uma vez, a produção agrícola serviu de anteparo para o resultado do Produto Interno Bruto, que no terceiro trimestre recuou 0,5%. No acumulado do ano, o país cresceu 2,3%, com um peso importante da expansão de 7% da agricultura e a recuperação dos investimentos. A atividade no campo garantiu um Produto Interno Bruto (PIB) um pouco maior do que as previsões mais pessimistas. A safra prevista de grãos neste ano é recorde e está estimada em 193 milhões de toneladas, o que pode garantir novamente um ‘seguro verde’ para o resultado do PIB deste ano. Apesar da seca em algumas áreas produtoras no começo deste ano, a analista da Agência Rural, Daniele Siqueira, acredita que, como a área plantada também aumentou, isso não vai prejudicar o PIB da agricultura em 2014

Segundo ainda a Revista Veja de 1º de abril de 2015, “Há duas explicações para entender de onde brota a força do agronegócio, mesmo em tempos de crise interna. A primeira é que ele foi o único setor a registrar um ganho real de produtividade, adubo essencial para o crescimento do país. Enquanto em outras áreas o aumento do custo com a mão de obra corroeu a competitividade das empresas (basicamente porque os salários subiram acima da produtividade), no agronegócio os avanços obtidos com pesquisa e tecnologia mantiveram o país em condições de disputar o mercado internacional. Nos últimos 35 anos, a área plantada de Soja espraiou-se 248%, enquanto a produção subiu 506%, segundo um estudo da Conab.”


Apesar dessa força que brota do agronegócio, o desempenho do setor poderia ser ainda bem melhor, se o Governo fizesse a parte dele com a realização e conclusão de obras vitais para o setor, como as Ferrovias Transnordestina e Norte-Sul, a ampliação e a reforma das estradas, incentivo para ampliação da capacidade de armazenamento de grãos e melhoria nas condições dos portos. Tudo esses fatores negativos concorrem para dificultar a concorrência no mercado externo. Mesmo, assim, o agronegócio continua irrigando a economia com a entrada de dólares, evitando um estrondoso desastre na balança comercial do Brasil. E esse fato foi bem salientado pela Revista Veja de 1º de abril de 2015. Confiram:          

“Por causa disso, a previsão de Nassar é que as exportações do agronegócio recuem dos 97 bilhões de dólares do ano passado para algo em torno de 93 bilhões neste ano. Mesmo assim, o saldo da balança comercial para a atividade econômica no campo brasileiro deve ficar positivo, em torno de 78,6 bilhões de dólares. Sem isso, o Brasil teria um abismo de 75 bilhões de dólares na diferença entre exportações e importações. Seria quase vinte vezes pior que o resultado negativo do ano passado, de cerca de 4 bilhões de dólares.”


            Com essa entrada de 75 bilhões de dólares na economia brasileira, fruto do superávit na balança comercial do agronegócio, evitou-se, sem dúvida nenhuma, um desastre na economia do país em 2014. Esses dados, por si só, já provam que o agronegócio é hoje essencial para a saúde da economia brasileira, por isso que o Governo precisa, não só preservar essa riqueza, como cuidar bem dela para que continue crescendo e gerando bons resultados.   

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