segunda-feira, 16 de novembro de 2020

AGRONEGÓCIO: o maior ativo brasileiro

                                                                         


            Ninguém nega que o Brasil, apesar de possuir riquezas naturais como poucos países do mundo as têm, nunca consegue se firmar num projeto de crescimento econômico sustentável, vivendo num verdadeiro sobe e desce da conjuntura econômica, com momentos razoavelmente promissores, alternados com períodos de crise na economia, impedindo grandes aportes de dinheiro de investidores externo no país, que gerariam milhões de empregos e trariam riquezas.             

            Felizmente, com o projeto dos Governos Militares de 1964, que priorizaram ao longo de vários anos, sobretudo, a atividade agropecuária, o Brasil há muitos anos seguidos tem tido crescimento na produção agropecuária, fato que o elevou a condição de um dos maiores produtores e exportadores de alimento do planeta, com substancial superávit na balança comercial do agronegócio, considerando que neste segmento o Brasil exporta muito e importa pouco. A respeito da relevância das exportações brasileiras do agronegócio, eis a seguir notícia publicada no Site:  https://www.udop.com.br/noticia/2020/7/10/superavit-do-agronegocio-em-junho-e-30-maior-que-em-jun-19-puxado-por-exportacao-recorde.html:     

O superávit do agronegócio em junho foi de US$ 9,346 bilhões, alta de 30% ante os US$ 7,184 bilhões obtidos em igual mês de 2019, mostram dados consolidados pelo Ministério da Agricultura. Em nota, a pasta destaca que as exportações do setor foram recorde para o mês ao atingirem US$ 10,17 bilhões, crescimento de 24,5% em relação a junho do ano passado. Já as importações diminuíram de US$ 984,55 milhões em junho de 2019 para US$ 826,28 milhões. Considerado o acumulado do ano, o superávit do setor é de US$ 45,397 bilhões, alta de 13% ante os US$ 40,131 bilhões de janeiro a junho de 2019.

"O agronegócio brasileiro aumentou a sua participação nas exportações brasileiras de 44,4% em junho de 2019 para 56,8%", destaca a Agricultura. Os embarques do complexo soja puxaram o desempenho no mês, com US$ 5,42 bilhões ante US$ 3,53 bilhões em junho de 2019. As vendas externas de carnes foram de US$ 1,41 bilhão (4,5%). "O volume exportado de carnes foi recorde para os meses de junho (626,5 mil toneladas). A carne bovina representou mais da metade do valor exportado de carnes, com registros de US$ 742,56 milhões. Tanto o valor mencionado como o volume (176,6 mil toneladas) foram recordes para os meses de junho."

Ainda conforme a pasta, o complexo sucroalcooleiro foi o setor que teve o maior aumento porcentual em exportações, considerando os principais setores do agronegócio, com alta de 74,5% entre os períodos, passando de US$ 536,12 milhões para US$ 935,37 milhões. "As exportações de açúcar de cana representaram a maior parte do valor exportado pelo setor, com US$ 810,80 milhões (+80,4%) e quase 3 milhões de toneladas exportadas (+94,8%). O álcool também registrou elevação nas vendas externas, subindo de US$ 85,83 milhões (junho de 2019) para US$ 122,71 milhões exportados em junho deste ano."

            Além desse substancial superávit na Balança Comercial que decorre do agronegócio, não se pode perder de vista que talvez mais importante do que isso é o fato de que a grande produção agrícola garante principalmente segurança alimentar para o povo brasileiro. Eis a seguir trecho de outra relevante matéria encontrada no Site: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Economia/noticia/2020/01/exportacoes-do-agronegocio-somaram-us-9679-bilhoes-em-2019.html:

 

As exportações do agronegócio brasileiro encerraram 2019 com valor acumulado de US$ 96,79 bilhões, 4,3% a menos que em 2018, quando a soma foi de US$ 101,17 bilhões. Os números estão em relatório divulgado pelo Ministério da Agricultura (Mapa). A pasta justificou o resultado na queda do índice de preços de exportação do setor.

“Tal redução ocorreu em função da queda do índice de preço das exportações do agronegócio brasileiro, que caiu 6,9% em 2019. Essa queda foi compensada pela elevação de 2,7% no índice de quantum das exportações, ou o equivalente ao incremento de 2,7% no volume exportado em 2019”, diz o relatório.

Ainda assim, o agro conseguiu aumentar sua participação nas exportações do Brasil, de 42,3% do total em 2018 para 43,2% em 2019. De acordo com o Ministério, foi possível porque o recuro no setor foi menor que o do resultado geral. No ano passado, os embarques totais do Brasil renderam US$ 224 bilhões, 6,4% menos que no ano anterior.

                Como se vê, seria inimaginável a situação do Brasil hoje sem um setor tão robusto quanto o do agronegócio. O fato é que, enquanto outros segmentos de atividades caem ou permanecem estagnados, o agronegócio avança, mesmo num momento de pandemia como o que ora vivemos no Brasil e no mundo. Também é relevante a matéria publicada no Site:  http://senar-ma.org.br/importancia-do-agronegocio-brasileiro/. Confira:

 

O agronegócio brasileiro tem sido a roda motriz da economia. Em 2018, por exemplo, representou 21% de todo o PIB (Produto Interno Bruto) do país. Isso traz reflexos diretos e indiretos à economia.
O mercado de trabalho é um exemplo. No ano passado, a cada 100 empregos gerados, 38 foram no setor agro. De toda a população economicamente ativa do país, 13% dos trabalhadores estão no agronegócio. O setor emprega profissionais com formações diversas, dentre eles engenheiros agrônomos, geólogos, engenheiros florestais, biólogos, engenheiros de biossistemas, veterinários, zootecnistas, administradores, entre outros.
Podemos perceber que o agronegócio abre porta para várias profissões! Mas é importante destacar que, mesmo com formação, é fundamental que os profissionais apresentem estratégias de gestão, o que garante valores positivos de produção e fluidez do negócio.

                Sem nenhuma sombra de dúvida o agronegócio é hoje uma atividade sem a qual o Brasil estaria literalmente na “banca rota”. A questão agora é o Brasil encontrar um caminho para dinamizar outros segmentos da economia, considerando que há unanimidade no sentido de que o país tem grande potencial de crescimento, mas, infelizmente, nunca sai daquela história de que o “Brasil é o país do futuro”.  

            O certo é que há muitas teses que explicam a baixa produtividade no Brasil, quase sempre atribuídas a baixa qualificação do trabalhador brasileiro em razão da deficiência na Educação. Há também aqueles que atribuem a baixa produtividade das empresas brasileiras à dificuldade com a tecnologia e a inovação, burocracia, deficiência de infraestrutura e competição externa.

Enquanto isso o problema se eterniza sem que seja encontrada uma solução para resolvê-lo, com inquestionáveis conseqüências danosas ao crescimento do país, à geração de emprego e à desigualdade social.

 

    

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