"Além de blindar Dilma,
presidente do Senado tentará proteger aliados envolvidos em fraudes na
Petrobras. Renan é aliado do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que manteve
encontros com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa." (Jornal Diário do Nordeste).
Os indícios de desvio de recursos da Petrobras são
muito fortes. E em qualquer país que se preza, situações como essas são rigorosamente
investigadas, e uma vez comprovando-se o desvio de dinheiro do povo, os
responsáveis serão devidamente punidos. Aqui no Brasil, ao contrário, os nossos
Parlamentares ficam brigando em Brasília, tentando encontrar uma maneira para
beneficiarem-se da própria situação.
Essa história de criar-se uma CPI ampla para
investigar as denúncias contra os desvios da Petrobras e os desvios de obras no
Estado de S. Paulo é uma invenção dos Parlamentares da situação que visam tão
somente tumultuar o processo e evitar que as apurações atinjam os fins para os
quais está sendo criada. A decisão do
presidente Renan Calheiros foi lida no Plenário. Ele disse que sim, que o
Senado pode ter uma CPI ampla, para investigar as denúncias de irregularidades
na Petrobras e também as suspeitas de irregularidades em obras de estados como
São Paulo e Pernambuco.
E assim afirmamos porque os Parlamentares da
situação criam todo tipo dificuldades para que não se instale a CPI, que
poderia vir a prejudicá-los. Enquanto isso, a oposição briga para instalá-la,
já pensando em usá-la como bandeira eleitoral. E não precisa ninguém ser
especialista em política para entender que essa CPI da Petrobras caminha para
não dá em nada. É uma pena. A esse respeito, vejamos uma importante notícia encontrada
hoje, 21 de abril de 2014, no site do Jornal Diário do Nordeste. Senão vejamos:
“Brasília. O presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), já avisou que vai apostar no argumento de interferência do
Judiciário sobre o Legislativo caso a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal
Federal (STF), decida pela instalação de uma CPI exclusiva para investigar a
Petrobras. No outro extremo, trabalhando com a possibilidade de a ministra
optar pela CPI ‘combo’ - que investigaria cartel de metrô e trens, em São
Paulo, e o Porto de Suape, em Pernambuco -, a oposição já prepara, além de
outro recurso ao Supremo, um esvaziamento da comissão.
As estratégias pensadas no Congresso
são baseadas nas três possibilidades de decisão de Rosa Weber: enterrar de vez
a CPI, acatado o mandado de segurança impetrado por petistas; entender pelo
argumento da oposição e defender a comissão exclusiva da Petrobras; ou manter o
que decidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e mandar
instalar a CPI ‘combo’, a saída encontrada para desviar o foco e blindar a
presidente da República, Dilma Rousseff, além de tentar atingir os adversários
Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Mais do que se colocar como fiel
aliado de Dilma, as atitudes do presidente do Senado têm origem em uma
preocupação clara: as devassas na estatal podem respingar em aliados seus.
O presidente do Senado é padrinho
político do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que manteve encontros com
o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, quando este já havia deixado a
petroleira e operava negócios na iniciativa privada, conforme indicam dados da
agenda e cadernos de anotação do ex-executivo apreendidos pela Polícia Federal
na Operação Lava Jato.
Responsabilidade
de Dilma
A entrevista de José Sérgio Gabrielli
ao ‘Estado de S. Paulo’ de ontem, na qual ele afirma que a presidente ‘Dilma
não pode fugir à responsabilidade’ pela decisão da compra da refinaria de
Pasadena, nos EUA, reforçou a necessidade de abertura de uma CPI para
investigar o negócio, avaliaram líderes da oposição, entre eles o senador
tucano Aécio Neves (MG), pré-candidato a presidente da República.
É
por conta dessa e de outras situações que os nossos Parlamentares estão,
lamentavelmente, desacreditados pela população. E aí é que entra a importância
do trabalho da Polícia Federal, uma Instituição que tem credibilidade para
levar a frente uma investigação desse nível. Por isso que precisamos apoiá-la e
valorizá-la.
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