quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

LAVA-JATO. QUINTA TURMA DO STJ JULGOU HOJE, 12 DE FEVEREIRO, QUATRO HABEAS CORPUS DE ENVOLVIDOS NA OPERAÇÃO



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            Pelo menos até agora, com exceção do caso do ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, a Justiça tem se mostrado coesa e resistente quanto aos diversos pleitos dos envolvidos na Operação Lava-Jato. Resta saber como irá comportar-se em relação aos políticos envolvidos. Sobre os quatro habeas corpus julgados nesta data, 12 de fevereiro de 2015, confiram a notícia encontrada no site do STJ:

“A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) colocou em julgamento nesta quinta-feira (12) quatro processos relativos a investigados da operação Lava Jato, que apura irregularidades em contratos da Petrobras. O relator de todos os casos é o desembargador convocado Newton Trisotto.

Dois pedidos de habeas corpus, apresentados pelos advogados de Gerson Mello Almada, executivo da Engevix, e de Renato de Souza Duque, ex-diretor da Petrobras, foram extintos sem julgamento de mérito (HC 309.856 e HC 310.257).

No caso de Almada, a defesa questionava decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que negou liminar e o manteve na prisão. Como o TRF4 já proferiu nova decisão no caso, o pedido ao STJ ficou prejudicado. Com isso, o executivo permanece preso. No caso de Duque, já houve decisão do Supremo Tribunal Federal mandando soltá-lo.

O terceiro habeas corpus, impetrado em favor de João Procópio Junqueira, apontado como auxiliar do doleiro Alberto Youssef, foi adiado a pedido da defesa, que deseja apresentar memoriais aos ministros que compõem a Turma (HC 302.604).

O quarto caso analisado foi um agravo da defesa do empresário Carlos Habib Chatter, que questionava o indeferimento do habeas corpus pelo relator em razão de deficiência na instrução do pedido. O agravo foi rejeitado pela Quinta Turma (HC 305.944).”

            Como podemos ver, a Justiça não parece disposta a facilitar a vida dos envolvidos na Operação Lava-Jato. É possível que as dificuldades tenham a ver com o bom trabalho desenvolvido pela força tarefa encarregada das investigações (Polícia Federal e Ministério Público) e pelo Juiz Sérgio Moro. Uma decisão judicial, com bons argumentos e bem fundamentada, que tenha como base um processo bem instruído, fica bem mais difícil de ser revogada. Por isso que entendemos que o trabalho do Dr. Sérgio Moro tem uma importância muito grande para os desdobramentos futuros das ações penais decorrentes da corrupção na Petrobras. Vamos torcer para que ele se mantenha firme e não se deixe amedrontar pelas ameaças dos poderosos, que certamente não serão poucas.

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