domingo, 22 de junho de 2014

PEDRO SIMON ANUNCIA APOSENTADORIA, CONFESSANDO DECEPÇÃO COM A VIDA PÚBLICA





            O senador Pedro Simon (PNDB-RS), ao anunciar que não pretende mais concorrer ao Senado, confessou ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, em sua casa na capital gaúcha, que a decisão de não concorrer novamente ao Senado foi influenciada pela decepção com o caminho tomado pelo partido que ajudou a fundar.

            No curso da entrevista, esclarece que “O mal no Brasil de hoje é esse sistema de ter 30 partidos vazios de conteúdo, votando com o governo para ganhar um cargo aqui e outro ali. E o MDB, o maior partido do Brasil, ao invés de se rebelar, de ter palavra firme, também fica brigando por mais um ministério. O partido perdeu a consciência”. Nesse ponto o senador tem absoluta razão. E é por isso que reiteradamente temos afirmado que enquanto convivermos com essa situação não teremos solução para os graves problemas de corrupção que surgem a cada dia. Confiram parte da matéria divulgada no site www.atarde.uol.com.br:   
           
“O senador Pedro Simon (PMDB-RS) vai deixar a vida pública em 31 de janeiro de 2015, dia em que termina o seu quarto mandato como senador e, coincidentemente, completa 85 anos. Em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, em sua casa na capital gaúcha, ele reconheceu que a decisão de não concorrer novamente foi influenciada pela decepção com o caminho tomado pelo partido que ajudou a fundar.

Segundo ele, este é o pior momento vivido pelo PMDB, que ele ainda chama, na maioria das vezes, de MDB. ‘O mal no Brasil de hoje é esse sistema de ter 30 partidos vazios de conteúdo, votando com o governo para ganhar um cargo aqui e outro ali. E o MDB, maior partido do Brasil, ao invés de se rebelar, de ter uma palavra firme, também fica brigando por mais um ministério. O partido perdeu a consciência’, afirmou, reconhecendo que, hoje, se sente isolado na legenda.”

            De fato tem razão o senador gaúcho. Enquanto o presidente da República para governar tiver que trocar apoio político por cargos no serviço público, o nosso país não muda no que diz respeito ao combate à corrupção e no tocante à melhoria do serviço público. Cargos públicos, como Ministérios, diretorias de empresas públicas e outros devem ser ocupados pelo critério da competência e da honestidade, não por critérios políticos, como vem acontecendo ao longo do tempo. Segundo ainda o site www.atarde.uol.com.br:  

“Simon, que já governou o Rio Grande do Sul e foi deputado estadual em quatro mandatos consecutivos, é um dos símbolos da ala contrária à aliança com o PT de Dilma Rousseff. Além de defender a independência do PMDB, Simon não acredita que a presidente tenha força política para fazer um bom segundo mandato. ‘O Lula tinha o grupinho dele, com quem discutia e debatia. Que se saiba a Dilma não tem’, revelou.

Segundo Simon, hoje Eduardo Campos (PSB) seria o único capaz de governar o País sem ficar refém da política de troca-troca de cargos e favores. O senador gaúcho foi um dos articuladores da aproximação de Campos com Marina Silva, fará campanha para os dois e acredita que as divergências entre os dois acabam após o período de convenções e formação de alianças, no fim do mês. ‘Eles vão ter que botar panos quentes e seguir para frente. Há Eles têm condições de ir ao segundo turno, é só querer’, disse.”
           
            Não temos nenhuma dúvida de que o senador Pedro Simon é um político de larga experiência, que conhece como ninguém os meandros da política brasileira. E nesse ponto, esperamos que ele tenha razão quando afirma que Eduardo Campos é capaz de governar o país sem ter que fazer conchavos políticos. Hoje não temos nenhum dúvida de que este é o maior entrave para a redução dos índices alarmantes de corrupção. Se Eduardo Campos é o único que pode governar sem fazer conchaves políticos, aí já é outra história, que precisaria explicar melhor.

E concordamos com o senador, no entanto, quando este afirma que “O mal no Brasil de hoje, o que está errado, é esse sistema de ter 30 partidos vazios de conteúdo, votando com o governo para ganhar um cargo aqui e outro ali. E o PDMB, maior partido do Brasil, ao invés de se rebelar, de ter uma palavra firme, também fica brigando por mais um ministério. O partido perdeu a consciência". Nesse particular, infelizmente, tem razão o senador Pedro Simon.

Nenhum comentário: