quarta-feira, 25 de junho de 2014

STF NEGA PEDIDO DE PRISÃO DOMICILIAR PARA GENOINO



        
O pedido de prisão domiciliar para José Genoino tem rendido muita polêmica, culminando como sabemos, com o episódio da expulsão do seu  Advogado do plenário do STF e com o afastamento do ministro Joaquim Barbosa da relatoria do processo do mensalão. 

Tudo isso é prova de quanto é difícil mexer com pessoas influentes aqui no Brasil. De qualquer modo, mostrando firmeza e independência frente ao Executivo, o STF negou a prisão domiciliar de José Genoino, mesmo contrariando as expectativas de muitos que acreditavam que, com saída do ministro Joaquim Barbosa da relatoria do processo, ele conseguiria o intento de ter a prisão domiciliar. A respeito do assunto, vejamos matéria encontrada no site noticiasuol.com.br

“Por 8 votos a 2, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) votaram nesta quarta-feira (25) por negar o pedido da defesa do ex-presidente do PT e ex-deputado José Genoino para que ele cumpra a pena em regime domiciliar. Com a decisão, o petista deve continuar cumprindo pena no Complexo Penitenciário da Papuda. 

O novo relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, foi o primeiro a apresentar o voto contrário. Ele foi acompanhado por Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello. O ministro Dias Toffoli declarou-se a favor do pedido e foi seguido pelo ministro Ricardo Lewandowski. 

O presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, que era relator do processo até o último déia 17, não participa do julgamento porque se declarou ‘impedido’ após entrar com uma representação criminal contra o advogado de Genoino, Luiz Fernando Pacheco. Barbosa e Pacheco protagonizaram um bate-boca há duas semanas no plenário que resultou na expulsão do advogado. 
 
No seu voto, Barroso citou as conclusões de laudos médicos feitos por diferentes profissionais a pedido da Corte que atestaram que o seu estado de saúde não é grave.”
           
            Com o resultado desse julgamento, fortalece-se ainda mais o ministro Joaquim Barbosa, considerando que com isso fica provado que o problema não é perseguição como muitos tentam passar para a opinião pública. No site noticiasuol.com.br, encontramos ainda: 

“O relator também ponderou que dois laudos da junta médica da Câmara dos Deputados, que analisou pedido por aposentadoria por invalidez, concluíram que Genoino ‘não apresentava cardiopatia grave nem era portador de invalidez para atividades laborativas’.

‘A situação [de Genoino] não é diversa da de outras centenas de detentos. Em rigor, há outros em situação mais dramática’, disse o ministro ao ler documento da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal em que o órgão diz ter plenas condições de fornecer tratamento regular a Genoino, listando a quantidade de presos doentes no sistema prisional e suas respectivas enfermidades, como câncer e Aids.

Barroso observou ainda que laudos de um médico particular anexados pela defesa ao processo constataram ‘que o ambiente doméstico seria mais adequado do que o prisional’ para o seu tratamento.”

Por outro lado, segundo o ministro Barroso já adiantou, caso Genoino apresente eventual pedido de trabalho externo, irá conceder a autorização.

É por essa e outras razões que afirmamos que o trabalho do Ministro Joaquim Barbosa como Relator do processo do mensalão foi árduo. Só mesmo alguém com competência e garra como ele conseguiria levar a julgamento uma ação penal de tamanha magnitude. Essa questão certamente não está encerrada. Vamos aguardar os próximos capítulos.


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