segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A FATURA CHEGOU. COMO SEMPRE, VAMOS PAGÁ-LA. GOVERNO SOBE IMPOSTOS E AUMENTA COMBUSTÍVEL PARA ARRECADAR R$ 20 BILHÕES



"Alta de R$ 0,22 no litro de gasolina e de R$ 0,15 no de diesel entra em vigor em 1º. De fevereiro, segundo Joaquim Levy." (site Jornal Diário do Nordeste).


           


            A arrecadação de impostos no Brasil, por mais absurda que seja,  nunca é suficiente para atender as necessidades de caixa do Governo, que, além de perdulário e corrupto, administra muito mal as finanças públicas. O mais revoltante, no entanto, não é pagar muitos impostos. O mais revoltante é saber que grande parte do dinheiro dos nossos impostos é desviada para enriquecer ainda mais empresários, políticos e servidores públicos corruptos em detrimento de atividades essenciais, como saúde, educação e segurança pública, que são hoje de péssima qualidade. Sobre o ajuste fiscal, confiram notícia encontrada no site do Jornal Diário do Nordeste:


“Brasília. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou ontem medidas de aumento de tributos para reforçar a arrecadação do governo neste ano. De acordo com o ministro, o objetivo é obter, em 2015, R$ 20,6 bilhões em receitas extras. A maior arrecadação virá da elevação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre os combustíveis e do retorno da Contribuição para Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

O aumento conjunto dos dois tributos corresponderá a R$ 0,22 por litro da gasolina e R$ 0,15 por litro do diesel. O governo espera obter R$ 12,2 bilhões com a alta, que entrará em vigor em 1º de fevereiro. Os aumentos de tributos entrarão em vigor de forma escalonada. Por causa da regra da noventena, que estabelece que a criação ou mudanças na base de cálculo de contribuições só podem ser efetivadas 90 dias depois da publicação, a maior parte das medidas só começa a valer em junho, quando os contribuintes pagarem os tributos referentes a maio.

O governo temporariamente elevará apenas o PIS e a Cofins. Depois desse prazo, o reajuste do PIS/Cofins cai para R$ 0,12 para a gasolina e para R$ 0,10 para o diesel. A Cide subirá R$ 0,10 por litro da gasolina e R$ 0,05 por litro do diesel.
‘Estamos tomando uma sequência de ações para reequilibrar as contas públicas com o objetivo de aumentar a confiança, o entendimento dos agentes econômicos, de modo que possamos ver a retomada da economia em novas condições’, declarou o ministro.”

            Os aumentos de impostos e contribuições, quaisquer que sejam, sempre recaem sobre nós consumidores, mesmo  que se trate do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). E é simples de explicar: todo e qualquer custo a mais que for imputado para a empresa será repassado para os custos dos seus produtos. Em assim sendo, em última análise, somos nós que temos que liquidar a fatura, muito embora sacrificando a qualidade de vida da nossa família.

Questionado sobre o problema dos preços dos combustíveis, o ministro Joaquim Levy simplesmente alegou não ser da sua responsabilidade, evitando comentar se a medida se refletirá em preços mais altos para os consumidores. "O preço vai depender da evolução do mercado e da política de preços da Petrobras. Essa decisão não é do Ministério da Fazenda, mas da empresa”, declarou.

Além dessa, segundo o Diário do Nordeste, o ministro anunciou mais três medidas, entre as quais o aumento do IPI sobre os atacadistas de cosméticos. Um decreto vai equiparar o atacadista ao industrial. Até agora, apenas as indústrias pagavam o tributo.

Como justificativa, segundo Levy, o objetivo é tornar mais homogênea a incidência do imposto na cadeia produtiva do setor. Com isso, o governo pretende reforçar a arrecadação em R$ 381 milhões. Segundo ainda o Diário do Nordeste:

“Outra medida é o aumento do PIS e da Cofins sobre os produtos importados. A alíquota subirá de 9,25% para 11,75%. Levy explicou que a alta foi necessária para corrigir a distorção provocada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que eliminou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo do PIS/Cofins das mercadorias importadas.

‘Com a decisão do Supremo, o produto importado pagava menos PIS/Cofins que o produto nacional’, disse o ministro. O governo espera obter R$ 700 milhões neste ano com os tributos arrecadados sobre as mercadorias importadas.

Outra decisão diz respeito ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito para pessoas físicas, cuja alíquota dobrará de 1,5% para 3% ao ano.

A alíquota de 0,38% cobrada na abertura da operação de crédito está mantida. Dessa forma, o tomador de crédito, que pagava 1,88% ao ano, passará a pagar 3,38%. De acordo com a Receita Federal, o aumento renderá R$ 7,4 bilhões aos cofres federais este ano.

A alegação para os anunciados ajustes tem como fundamento a necessidade de reequilibrar a economia, facilitando a retomada do crescimento, disse o ministro. Para Levy, o equilíbrio fiscal é importante para a recuperação da economia brasileira. "Isso, obviamente, responde a um quadro mundial bastante diferente. O mundo mudou, e o Brasil está mudando. Estamos tomando as ações, passo a passo, para alcançar, da melhor forma possível, o que é necessário para alcançar o caminho do crescimento", acrescentou.

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