segunda-feira, 3 de março de 2014

NO BRASIL A CORRUPÇÃO NÃO SAI DE MODA. A PF PEDE INQUÉRITO CONTRA O MINISTRO DO TRABALHO







É sempre com muita tristeza que publicamos notícias sobre corrupção. Nós brasileiros, sem dúvida nenhuma, merecemos um futuro melhor para os nossos filhos e neto. E se queremos mudar essa realidade, resta-nos ir à luta e exigirmos decência dos nossos políticos e gestores públicos. Não podemos ter medo e muito menos recuar. Sem luta não há vitória e muito menos progresso. E nunca podemos perder de vista que não há crime pior do que a corrupção. É por conta da corrupção que os hospitais públicos não funcionam e milhares de pessoas morrem todos os dias por falta de atendimento médico. É em razão da corrupção que as escolas públicas oferecem ensino de péssima qualidade. E é devido a corrupção ainda que não temos segurança pública de qualidade. É de fato uma miséria.  



A corrupção é um dos assuntos mais dominante nos dias de hoje, tanto que nas conversas do cotidiano, as pessoas, de um modo geral, demonstram preocupação com o assunto, condenando a prática recorrente desse crime por grande número de políticos e gestores públicos. De fato, não há como não condenar essa prática abominável que é o crime de corrupção. A questão é que, diferentemente dos crimes comuns, a corrupção já se revelou extremamente difícil de ser combatida.

           As razões para que se tenha tanta dificuldade para incriminar um corrupto são muitas, ainda não devidamente esclarecidas. Certamente o fato de ser um tipo de crime normalmente praticado por pessoas influentes, que dispõem de recursos para contratar bons advogados, é um dos motivos que afetam a tarefa daqueles que desejam ver punidos os criminosos. Pelo que se percebe, as pessoas estão até certo ponto conscientizadas sobre o problema da corrupção e da necessidade de combatê-la, tanto que esse assunto constou das manifestações de ruas de junho deste ano e não são raras as mensagens que circulam diariamente pela internet, em todas as redes sociais.


            De qualquer modo, acreditamos que está suficientemente claro que não resolveremos essa praga tão somente com conversas em mesas de bar. Precisamos ter consciência e agirmos. Nada de sermos conivente com corrupto. Se tomos conhecimento de alguma falcatrua, busquemos quem pode resolver: Ministério Público, Tribunal de Contas, Polícia Federal e Polícia Civil e quem mais for possível. Só assim teremos a nossa consciência limpa e contribuímos para um melhor futuro para os nossos filhos e netos.         


            Enquanto nada fizermos, os corruptos continuam surrupiando o dinheiro do erário público, usando de todo tipo de artifício. Um dos que há muito tempo está em modo são as famosas ONG. Cuidado com elas. Agora mesmo, segundo notícias do Blog do Josias, publicada no Uol Notícias Políticas, a Polícia Federal desvendou mais uma falcatrua no Ministério do Trabalho, tendo, inclusive, requerido a abertura de inquérito contra o Ministro Manoel Dias. Senão vejamos:    

“A Polícia Federal requereu a abertura de inquérito contra o ministro do Trabalho, Manoel Dias, representante do PDT na Esplanada. Ao investigar irregularidades em convênio firmado com uma ONG que recebeu R$ 11 milhões do ministério, a PF concluiu que há indícios de envolvimento do ministro nos malfeitos. Por isso, pediu à Justiça que remeta o processo ao STF, órgão do Judiciário responsável por processar e julgar autoridades que, como os ministros, detêm o chamado foro por prerrogativa de função —vulgarmente chamado de foro privilegiado. 

Deve-se a divulgação da novidade ao repórter Fábio Fabrini. O caso envolve uma ONG de Santa Catarina, Estado de Manoel Dias. Chama-se ADRVale, Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Tijucas e Itajaí Mirim. Sediada na cidade de Brusque, era comandada por militantes do PDT, o partido do ministro. A PF esquadrinhou convênio assinado em 2007, ainda sob Lula. A investigação cobriu dois anos da execução do contrato, até 2009. 

Nessa época, o ministro do Trabalho era Carlos Lupi, presidente do PDT federal. Mantido no comando da pasta no início do governo Dilma Rousseff, Lupi foi varrido do ministério em dezembro de 2011, sob denúncias de cobrança de propina para a liberação de registros de sindicatos e de desvios de verbas por meio de ONGs. Substituiu-o um desafeto, o deputado pedetista Brizola Neto (RJ). Lupi ameaçou levar o PDT para a oposição. E Dilma lhe devolveu o controle do ministério, nomeando Manoel Dias, apadrinhado de Lupi. 

Acomodado na poltrona de ministro, Manoel Dias foi abalroado, no ano passado, por uma entrevista-denúncia de um ex-presidente da Juventude do PDT de Santa Catarina: John Sievers. Falando ao jornal Estadão, Sievers contou que recebia salário da ADRVale. Mas não trabalhava na entidade. Dava expediente na Universidade Leonel Brizola, braço do PDT que se dedica à formação política de militantes da legenda. Sivers disse que agia sob orientação de Manoel Dias, que à época comandava o diretório do PDT catarinense. 

Ao puxar o fio apontado por John Sievers, a Polícia Federal percorreu a meada para o alto. Verificou que, com o conhecimento do Ministério do Trabalho, verbas liberadas para a realização de cursos profissionalizantes foram desviadas para o PDT. Em setembro do ano passado, o blog foi ouvir o ministro Jorge Hage, chefe da Controladoria-Geral da União. 

Numa entrevista reveladora, Hage contou que o Ministério do Trabalho convertera-se em frequês de caderneta dos auditores. O repórter perguntou se a ONG catarinense ADRVale estava entre as entidades varejadas pela CGU. Hage absteve-se de comentar o suposto envolvimento do ministro no caso. Mas confirmou que a ADRVale figurava, sim, entre as entidades que desviaram verbas. A despeito dos alertas, o ministério manteve aberto o duto que irrigou a entidade com dinheiro do contribuinte. Reveja no vídeo abaixo esse trecho da entrevista do ministro Hage. 

Os relatórios da CGU serviram de matéria prima para a PF. Deles foram extraídas informações que reforçaram as conclusões de que houve irregularidades variadas na ADRVale. Entre elas desvio de verbas federais, subcontratações ilegais e ausência de comprovação dos cursos de formação profissional que a entidade deveria ter realizado. Responsável pelo inquérito, o delegado da PF Anníbal Wust Gaya anotou no relatório remetido à Justiça Federal: 

‘Por se tratar de autoridade com foro por prerrogativa de função, e aparecendo o nome do atual ministro Manoel Dias como possível corresponsável pela contratação indevida de empregados à empresa ADRVale, com indícios de malversação de verba federal, propõe-se a imediata remessa do presente feito ao Supremo, para continuidade da persecução penal.’ 

A PF só pode interrogar Manoel Dias se o STF autorizar. O ministro nega envolvimento em corrupção. Seu advogado teve acesso ao inquérito. Mas o ministro não se dispôs a prestar esclarecimentos voluntariamente à PF.  Por ora, cinco ex-dirigentes da ADRVale foram indiciados por formação de quadrilha, peculato e dispensa indevida de licitação. Hoje, a entidade está inativa.”

Infelizmente, não é difícil constatarmos que muitos brasileiros já perderam as esperanças e se renderam às profecias do Grande Mestre. A entrega é o fim das esperanças. E nós brasileiros, que pensamos no futuro das próximas gerações e que temos filhos e netos, não podemos fraquejar. Em assim sendo, precisamos nos unir e buscar meios e fórmulas para combater esse peste epidêmica, chamada corrupção.

Nenhum comentário: