No Brasil, dada a sua grande extensão
territorial e a diversidade de clima entre as regiões, não é novidade chover demais
num determinado lugar, enquanto a seca assola outra região, como estamos vendo na
atualidade. Nos últimos anos, por exemplo, o semiárido nordestino convive com
uma das piores secas da história, enquanto isso os agricultores de Mato Grosso
do Sul terminaram o plantio do milho safrinha com atraso em razão das fortes
chuvas, que atrapalharam a colheita da soja, motivando a redução de 2,8% na área
de plantação de milho em relação ao ano anterior. Vejamos notícia encontrada no
site do Globo Rural:
“O trabalho na Fazenda Santa Paula, em
São
Gabriel do Oeste, região norte de Mato Grosso do Sul, deveria ter sido
concluído no fim de fevereiro, mas o excesso de chuvas atrapalhou os planos do
agricultor Jonis Asmann.
Andando pela lavoura dá para perceber
como a chuva obrigou o produtor a escalonar o plantio. Em uma mesma área é
possível encontrar plantas em três estágios de crescimento.
De maneira geral, o milho está se
desenvolvendo bem, o que deixa o produtor tranquilo para aproveitar as
oportunidades de negociação antecipada.
Nesta safra, o agricultor destinou 2,5 mil hectares para o cultivo do grão. De olho no mercado, decidiu comercializar 60% da produção, como forma de fazer preço médio. O restante só será negociado depois da colheita.”
Nesta safra, o agricultor destinou 2,5 mil hectares para o cultivo do grão. De olho no mercado, decidiu comercializar 60% da produção, como forma de fazer preço médio. O restante só será negociado depois da colheita.”
Por outro lado, o que nos alegra é
que o uso da tecnologia no campo tem propiciado ganhos fantásticos em termo de
produtividade. Segundo a Senadora Kátia Abreu, a produtividade no campo praticamente
triplicou num período de 36 anos. Isso de fato é um feito que merece comemorações.
Vejamos a matéria publicada no site da Sociedade Nacional de Agricultura sobre
o assunto:
“Ao participar do Global Agribusiness
Forum, realizado esta semana em São Paulo, a senadora e presidente da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, disse que
a produtividade agrícola do País quase triplicou nos últimos 36 anos, passando
de 1.258 quilos por hectare para 3.507 quilos por hectare.
‘Temos muito orgulho desses números e
do que construímos nos últimos anos. Éramos importadores de alimentos e, agora,
somos potência agrícola’, acrescentou.
‘Há 40 anos, importávamos alimentos,
as famílias comprometiam 48% do orçamento com alimentação. Hoje, estes gastos
caíram para algo em torno de 14% a 20% do salário, graças ao aumento de
produtividade que possibilitou acesso à comida barata e de boa qualidade. Com
isso, sobrou renda para educar os filhos até a universidade, comprar
eletrodomésticos, etc.’, afirmou.”
Esse fato é real. E com isso cada
vez temos a certeza de que o Brasil é um país vocacionado para o agronegócio,
apesar das adversidades climáticas e da ainda deficiente infraestrutura de
estradas, ferrovias e portos. Segundo noticiou ainda o site da Sociedade Brasileira
de Agricultura, esse bom desempenho do agronegócio deve-se ao emprego de tecnologia
desenvolvida para o campo. Sem o emprego de novas tecnologias no campo, jamais conseguiríamos
avanços tão significativos no agronegócio, a ponto de elevar o Brasil a categoria
de grande produtor e exportador de alimentos. Vejamos o que dia ainda a noticia:
“A senadora destacou que isso foi
possível graças ao desenvolvimento de novas tecnologias. E exemplificou que,
nos últimos 36 anos, a produção de grãos e fibras cresceu 296%, passou de 46,9
milhões para 187 milhões de toneladas, enquanto a produtividade expandiu 178%
no mesmo período ,de 1.258 kg/hectare para 3.507 kg/hectare. A área plantada
aumentou somente 42%,de 37,3 milhões para 53,3 milhões.
‘O Brasil produz em apenas 27,7% do
território nacional, preservando 61% do país com florestas e outros tipos de
vegetação nativa’, ressaltou.
Segundo ela, através da aplicação de
técnicas sustentáveis de produção, como rotação de culturas, agricultura de
baixo carbono (plantio direto) e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), a
agropecuária brasileira poderá ter um ganho de 70 milhões de hectares de área
para a produção de alimentos, colhendo duas safras anuais. ‘Sem derrubar uma só
árvore, aumentaria em 131% a produção de grãos e fibras, passando de 187
milhões para 432 milhões de toneladas/ano. Na pecuária, o volume de oferta de
carne bovina saltaria de 9 milhões para 15 milhões de toneladas’, acrescentou.”
O que anima ainda os produtores de milho
de Mato Grosso do Sul é que, apesar da redução da área plantada com o milho, os
preços estão atraentes, fato que fez, segundo notícia publicada no Globo Rural,
com que “o agricultor Sebastião Cruciol Filho também decidiu negociar metade da
produção. Ao todo, 30% entraram no custeio de sementes, adubos e fertilizantes
e outros 20% foram negociados em contratos futuros com cooperativas da região a
um preço médio de R$ 18,50.”
Segundo levantamento da Federação de
Agricultura do Estado de Mato Grosso do Sul, 12% da produção de milho já foi
negociada até agora, tendo o Estado concluído o plantio com uma área de 1.420
milhão de hectares, queda de 2,8% em relação ao ciclo passado.
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